Dois candidatos à liderança da distrital do PSD de Castelo Branco

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A candidatura de Manuel Frexes marca o seu regresso à política, após ter sido absolvido, pelo Tribunal de Castelo Branco, dos crimes de prevaricação, peculato, participação económica em negócio e falsificação de documentos.

"Nunca seria candidato se não entendesse que posso ser útil à minha região e ao meu partido. Tenho um passado de governação e político que me dispenso de apresentar. Considero, contudo, que esse capital não é só meu", explicou Manuel Frexes, à agência Lusa.

O ex-autarca sublinhou que o seu regresso à vida política ativa é feito "desprendido e sem amarras".

"Quero apenas servir com a minha equipa e fazer o melhor que pudermos, para puxarmos por esta região e por este partido. Não sou candidato contra ninguém. Depois das eleições de dia 15, eleições das quais espero naturalmente sair vitorioso, estarei empenhado em mobilizar o partido e o seu projeto, contando com todos. Ninguém está dispensado. Deve haver clarificação, mas, no dia seguinte, comigo, haverá um só PSD", sintetizou.

O ex-autarca salientou ainda que o lema da sua candidatura é a liderança e compromisso.

"É absolutamente indispensável desenvolver estratégias que ajudem a fixar pessoas, sobretudo os mais jovens, criando oportunidades que permitam àqueles que aqui nasceram e cresceram continuarem a viver no seu distrito", defendeu.

Manuel Frexes anunciou também a criação do Conselho Estratégico Distrital (CED), ao qual competirá desenvolver conteúdos e linhas gerais de orientação, com o objetivo de promover o desenvolvimento regional sustentável, inclusivo e inovador.

Por seu turno, o atual membro da Assembleia Municipal do Fundão e ex-vereador na Câmara Municipal Jorge Garcez disse à Lusa que a sua candidatura visa recuperar a confiança dos eleitores e valorizar a participação dos militantes do partido.

"Candidato-me com uma equipa experiente, conhecedora e motivada para mudar a forma de fazer política no nosso distrito. Não podemos continuar a ter um partido desorientado, sem propostas, sem uma visão e sem causas", disse.

O advogado, que exerceu funções de adjunto e chefe de gabinete do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna nos governos liderados por Pedro Passos Coelho, propõe um PSD aberto aos militantes e à sociedade civil.

Jorge Garcez apresenta um conjunto de propostas para o PSD que incluem o rejuvenescimento das listas autárquicas e defende a criação de um programa para a reabilitação e dinamização da economia das aldeias, como forma de combater o despovoamento e fixar pessoas.

"Queremos um PSD ativo em todos os concelhos do distrito. Não podemos continuar a aceitar que seja normal não termos PSD ativo em Belmonte, Penamacor, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão ou aceitar que o segundo maior concelho do distrito, a Covilhã, não tenha sequer uma sede", sustentou.

Jorge Garcez defende um PSD que responda aos problemas das pessoas, como o envelhecimento e o isolamento dos idosos, o emprego jovem no território rural e urbano e aos problemas da habitação.

"Queremos um PSD que ganhe eleições", concluiu.

As eleições para os órgãos distritais do PSD de Castelo Branco decorrem no dia 15.

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