Dois ex-executivos da Wirecard condenados a prisão em Singapura

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James Wardhana foi condenado a 21 meses de prisão e Chai Ai Lim a dez meses, ambos com efeitos imediatos, por conspiração por se apropriarem indevidamente de fundos da fintech alemã então liderada por Markus Braun.

Um tribunal de Singapura proferiu esta terça-feira sentenças de prisão a dois antigos executivos financeiros da empresa alemã Wirecard relacionadas com o colapso do grupo de pagamentos em 2020, avança o jornal britânico “Financial Times”.

James Wardhana foi condenado a 21 meses de prisão e Chai Ai Lim a dez meses, ambos com efeitos imediatos, por conspiração por se apropriarem indevidamente de fundos da fintech então liderada por Markus Braun. A dupla de gestores, bem como mais duas pessoas relacionadas ao caso, tinham sido acusados no ano passado.

A Wirecard foi fundada em 1999, em Munique, e tornou-se numa das startups mais bem-sucedidas da Europa, chegando a valer 24 mil milhões de euros. Porém, entrou em insolvência em junho de 2020 depois de ter vindo a público que metade dos seus 2 mil milhões de euros em receita anual e 1,9 mil milhões em caixa não existiam.

Depois de uma investigação do “Financial Times”, a Wirecard viu-se envolvida num escândalo financeiro que ‘destapou’ um buraco de cerca de 2 mil milhões de euros. Em causa está uma auditoria às contas de 2019 desta empresa de pagamentos, que a EY se recusou a assinar e que acabou por levar à demissão do presidente executivo, Markus Braun, e à falência da empresa.

Meses mais tarde, a bolsa de Frankfurt – Deutsche Börse – anunciou mudanças na sua “família” de cotadas, no âmbito da revisão trimestral, e informou que de saída estava a Wirecard devido ao processo de insolvência a que havia dado entrada dois meses antes. As novas regras da bolsa alemã estabelecem que as empresas insolventes são imediatamente removidas do índice DAX com um aviso prévio de dois dias úteis.

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