Dois oligarcas russos ganham caso em tribunal contra sanções europeias

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Logo após a invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, o Conselho Europeu colocou Aven e Fridman na lista de sanções da União Europeia, vendo no primeiro um dos oligarcas mais próximos de Vladimir Putin e no segundo um dos principais financiadores do círculo mais próximo do presidente russo.

Depois das acusações, Aven e Fridmann contestaram judicialmente o que dizem ser acusações “infundadas” e esta quarta-feira o Tribunal Europeu de Justiça declarou que nenhum deles deveria ter sido incluído na lista do círculo próximo de Putin. É a primeira vez que oligarcas russos ganham este tipo de ação na União Europeia, podendo ainda o Conselho Europeu recorrer da decisão.

Antes de a guerra romper na Ucrânia, os dois multimilionários viviam no Reino Unido, mas criaram as respetivas fortunas na Rússia nos negócios do petróleo, retalho e banca.

De acordo com o Guardian, muitas são as vozes russas a criticar esta decisão do Tribunal Europeu de Justiça, já que tanto Petr Aven e Mikhai Fridman se manifestaram contra a guerra na Ucrânia, apesar de não fazerem críticas a Putin.

Yulia Navalnaya, viúva de Alexei Navalny, perguntou, nas redes sociais, o que mudou desde que os oligarcas russos começaram a ser sancionados. “Nem Fridman nem Aven se mostraram contra a guerra na Ucrânia ou fizeram algum esforço para a terminar – apenas contrataram advogados caros e lobistas de grande influência”.

Maria Pevchuk, também próxima de Navalny, também criticou a decisão: “A data de hoje devia ser marcada como o dia em que as sanções europeias contra pessoas russas colapsaram. É um dia de declaração de impunidade e irresponsabilidade pela guerra. Também podemos designar como o “Dia do Triunfo Oligarca”, disse Pevchuk.

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