Dois sul-coreanos raptados e quatro militares mortos em ataque na Nigéria

O ataque ocorreu às 09h30 locais (08h30 em Lisboa) de terça-feira, numa estrada do Estado de Rivers.

Os raptos com pedido de resgate são comuns na Nigéria, onde os grupos criminosos visam por vezes os estrangeiros, nomeadamente os que trabalham em minas e estaleiros de construção longe das zonas urbanas.

Fonte policial citada pela AFP, disse que os atacantes emboscaram uma coluna de veículos que transportava dois trabalhadores da empresa sul-coreana Daewoo, de que resultou a morte dos quatro militares que a escoltavam e dos dois condutores, de nacionalidade nigeriana.

"Os atacantes também raptaram os dois sul-coreanos antes de fugirem", levando também as armas dos militares, acrescentou a fonte policial, que pediu para não ser identificada.

A porta-voz da polícia do Estado de Rivers, Grace Iringe Koko, confirmou o ataque.

"Estamos a investigar o caso e daremos detalhes mais tarde", disse à AFP.

O porta-voz da 6.ª divisão do exército nigeriano, Johan Danjuma, também confirmou o ataque, que atribuiu a "alegados milicianos".

Várias empresas asiáticas, nomeadamente chinesas e sul-coreanas, operam na Nigéria, o país mais populoso de África, onde estão envolvidas em projetos de construção rodoviária e ferroviária.

Os raptos são comuns na Nigéria para obtenção de resgate.

A insegurança no país, anteriormente centrada no nordeste - onde opera o grupo fundamentalista islâmico Boko Haram e a sua ramificação Estado Islâmico na África Ocidental (ISWA, na sigla em inglês) - estendeu-se nos últimos meses a outras zonas, fazendo soar o alarme sobre a possível propagação destas redes terroristas e criminosas.

No passado, os trabalhadores estrangeiros raptados na Nigéria foram frequentemente libertados após o pagamento de um resgate aos seus raptores.

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