Nada dura para sempre. Este podia ser o lema utilizado pelo presidente da Pinduoduo, dona da Temu, para explicar que o terceiro trimestre irá observar um crescimento menos acentuado dos lucros, o que os investidores não gostaram.
O grupo chinês Pinduoduo, dono da plataforma Temu, afundou 28,51% na bolsa de Nova Iorque depois da plataforma de e-commerce alertar para uma queda do crescimento dos lucros. Apesar de bons resultados, em que o lucro se fixou em 32 mil milhões de yuan (4,02 mil milhões de euros), num crescimento de 144%, o presidente alertou que nada dura para sempre.
O avisou chegou depois da taxa de crescimento trimestral ter abrandado entre o primeiro e segundo trimestre. Este fator dececionou fortemente os investidores, com muitos a tomar a decisão de retirar dinheiro da cotada.
“Os resultados deste trimestre mostram que o elevado crescimento das receitas não é sustentável e que uma tendência de queda da nossa rendibilidade é inevitável”, apontou o cofundador e presidente do grupo, Lei Chen, em conferência com analistas.
Já o diretor financeiro, Jun Liu, apontou que o crescimento das receitas vai sofrer um abrandamento “inevitável” por conta da pressão concorrencial e dos desafios externos que a China enfrente. “A rentabilidade provavelmente também será afetada à medida que continuarmos a investir agressivamente”, adiantou.
Entre os principais concorrente da Temu estão a ByteDance, o grupo Alibaba e mesmo a Shein. Além disso, também o comércio interno não anda nos seus melhores dias, com os consumidores chineses a procurar comprar cada vez menos.
“O crescimento dos lucros nos trimestres anteriores não deve ser utilizado como um guia de longo prazo (…). À medida que entramos numa nova fase de investimento, quero deixar claro aos nossos investidores que o nosso processo terá uma tendência descendente gradual a partir do terceiro trimestre, e que haverá flutuações ou recuperações no curto prazo”, explicou o presidente na mesma conferência.
O grupo Pinduoduo viu os lucros avançarem 183% para 60.007 milhões de yuans (7,5 mil milhões de euros) no primeiro semestre quando comparado com o período homólogo. Já as receitas situaram-se em 183.871 milhões de yuans (231058 milhões de euros), mais 104% do que entre janeiro e junho do ano anterior.
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