Draghi defende tarifas e mais concentração para reforçar competitividade europeia

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O relatório encomendado pela Comissão foi adiado, gerando críticas da sociedade civil e Parlamento, mas Draghi vai já dando ideia da estratégia que irá apresentar em meados de julho.

FILE PHOTO: Italian Prime Minister Mario Draghi holds his end-of-year news conference in Rome, Italy, December 22, 2021. REUTERS/Remo Casilli/File Photo

21 Junho 2024, 13h30

Mario Draghi, antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-primeiro-ministro italiano responsável por um relatório encomendado pela Comissão Europeia sobre competitividade da economia europeia, reitera a necessidade de financiar sectores inovadores. Justifica que é onde o potencial de rendimento é mais elevado, e de ganhar escala para que a zona euro não continue a perder terreno para os EUA e a China. O relatório tem gerado algumas preocupações pela falta de transparência e influência de grandes grupos industriais, sendo que o adiamento para depois das eleições reforçou estas críticas.

Após o apelo para uma “mudança radical” feito em abril, Draghi voltou a sublinhar há uma semana em Espanha a importância de aumentar a competitividade europeia, sobretudo através de um aumento da produtividade. Para tal, argumenta, os sectores de maior inovação, particularmente o tecnológico, são determinantes – uma dimensão que a zona euro tem descuidado nas últimas décadas, ainda mais se comparando com EUA e China.

Para o antigo presidente do BCE, o protecionismo através de tarifas à importação é uma ferramenta possível para contrariar ações semelhantes de Washington e Pequim, o excesso de regulamentação é um entrave às empresas europeias e são necessários conglomerados sectoriais que façam frente aos grupos já estabelecidos globalmente, caso contrário a zona euro arrisca a cair numa estagnação ao estilo japonês.

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