Duas mães são mortas a cada hora na Faixa de Gaza na sequência do conflito armado entre Israel e o Hamas, segundo um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A ONU estima que cerca de 16 mil mulheres e crianças foram mortas nesta guerra, pelo menos três mil mulheres podem ter ficado viúvas e 10 mil crianças podem ter perdido os seus pais.
O documento da ONU Mulheres considera ainda que 1,9 milhões de pessoas - dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza - estão deslocadas, das quais "cerca de um milhão são mulheres e raparigas" que procuram abrigo e segurança.
"Por muito que lamentemos a situação das mulheres e das meninas de Gaza hoje, lamentá-la-emos ainda mais amanhã se não houver assistência humanitária sem restrições e se não se puser fim à destruição e à matança", afirmou a diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous.
"Estas mulheres e meninas estão privadas de segurança, medicamentos, cuidados de saúde e abrigo. Enfrentam fome. Acima de tudo, estão privadas de esperança e de justiça", acrescenta ainda, declarando que está na hora de "um tempo de paz", uma vez que se deve isso "a todas as mulheres e raparigas israelitas e palestinianas".
"Este conflito não é deles. Elas não devem continuar a pagar o seu preço", reitera Sima Bahous.
Entretanto, a UNICEF alertou que "mais de 20 mil bebés e crianças nasceram 'no inferno' desde o início dos bombardeamentos de Israel em resposta aos ataques do Hamas".
Gaza: @UNICEF alerta que mais de 20 mil bebês/bebés nasceram "num inferno" desde o início dos bombardeios de Israel em resposta aos ataques do Hamas.
Agência da ONU diz que 135 mil crianças até dois anos correm risco de desnutrição grave na região. https://t.co/xQc8759bNt
A agência da ONU afirma ainda que 135 mil crianças até aos dois anos estão em risco de desnutrição grave naquela região.
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