E assim terminou 2023

4 meses atrás 41

"O sítio dos Gverreiros” é uma coluna de opinião de assuntos relativos ao SC Braga, na perspetiva de um olhar de adepto braguista, com o sentido crítico necessário, em busca de uma verdade externa ao sistema.

A época desportiva em Braga continua sem paragens, com acontece especialmente para aquelas equipas que competem a vários níveis, como é o caso dos arsenalistas.

A cura parcial da derrota cruel sofrida ante o Benfica, que representou um passo grande à retaguarda nos objetivos definidos, tinha sido conseguida na Choupana, onde os Gverreiros do Minho carimbaram a presença na final four da atual edição Taça da Liga. 

O calendário desportivo não dá tréguas e o penúltimo dia do ano foi de viagem até Rio Maior. Nesta localidade não existe um clube primodivisionário, mas é a “casa” escolhida pelo Casa Pia para receber os seus visitantes. A importância desta partida era do conhecimento global, pelo que os adeptos fizeram, uma vez mais, a sua parte, empreendendo uma longa viagem que esta quadra natalícia não recomendava. Contudo, quem não sente, não entende e por isso a Legião juntou-se naquele estádio emprestado, mesmo com proveniências diversificadas, em distância e no meio de transporte.

Uma nota negativa, antes do jogo, para a fila surreal que haveria de levar muitos casapianos a entrar com muitos minutos de jogo já decorridos. Amadorismo puro na organização, que felizmente deixou de fora os visitantes.

O primeiro tempo foi parco em emoções e em ocasiões de golo, pelo que a elevada posse de bola bracarense se tornou inconsequente. Pedia-se, na bancada, que o intervalo trouxesse alterações no relvado e elas aconteceram mesmo, para melhor. O marcador foi desbloqueado por um golo de cabeça de João Moutinho, que se torna mais raro por ter sido conseguido de fora da área, num lance estranho que parecia ter desbloqueado um jogo que estava demasiado amarrado. Contudo, a equipa do Casa Pia voltou a ter um lance de penálti, que a levaria ao empate, tal como acontecera em Braga para a Taça da Liga recentemente. Se o lance de Braga foi difícil de entender, o deste encontro torna-se surreal pela forma inaceitável como passou no crivo do VAR, admitindo que Tiago Martins tenha sido iludido oticamente em tempo real. O caso torna-se mais estranho pelo facto de o árbitro ter tido um critério muito largo ao longo da partida, sendo por vezes até longo de mais.

Os Gverreiros do Minho não caíram com o empate sofrido e rapidamente chegaram à vantagem novamente, através da cabeça de Banza antes da partida para a CAN, que vai desfalcar os brácaros no setor mais avançado. O resultado seria fixado por Rodrigo Zalazar, que já assistira no segundo golo, na transformação exímia de um livre direto, pelo que o uruguaio foi determinante na partida no tempo que esteve em campo após a sua entrada.

A vitória estava consumada e assim terminou 2023, com motivos para sorrir no universo braguista. O que se espera gora é que o exigente mês de janeiro confirme as boas indicações dadas pela qualidade deste plantel, mesmo que subtraído de Sikou Niakaté e Simón Banza, para jogarem a CAN 2024, e Al Musrati, cuja indisponibilidade física o retira das opções de Artur Jorge.

Por fim, desejo um Bom Ano 2024 a todos, com especial dedicatória para a Legião do Minho, para que se una cada vez mais à volta da equipa, tornando-a cada vez mais forte.

Ler artigo completo