É preciso ter cabeça

7 meses atrás 57

Cádiz teve cabeça, a Adrien faltou frieza. O Famalicão venceu o Rio Ave por 1-0, em duelo pela fuga aos lugares de despromoção, num jogo que acabou com emoção que baste. Aziz lançou os de Vila do Conde cedo, de penálti, mas Cadiz prontificou-se a empatar com uma cabeçada fantástica. A mesma cabeça remontou o jogo no segundo tempo e Adrien Silva, internacional português, em cima dos 90´, desperdiçou nova grande penalidade, que poderia dar um ponto precioso ao Rio Ave na luta pela permanência.

Sem vencer há três e quatro jogos, respetivamente, Famalicão e Rio Ave encontraram-se com vista a contrariar a forma até então e fugir cada vez mais à luta pela manutenção. Apesar do momento de ambas as equipas não ser o mais favorável, os onzes base não se alteraram em quase nada em relação ao últimos encontro das duas formações. Luís Freire repetiu os onze, João Pedro Sousa alterou uma peça, por castigo de Nathan, entrando Martin para o seu lugar.

Início promissor, mas não passou disso

Depois do apito inicial, o Rio Ave tentou tomar as rédeas do jogo. Depois de um par de cantos, com a bola a sobrevoar a área famalicense, os forasteiros chegaram ao golo. João Teixeira foi carregado por Luiz Júnior dentro da área, Artur Soares Dias considerou simulação, mas o VAR interveio e foi marcada grande penalidade. Aziz, na cobrança, não facilitou e colocou os vilacondenses na frente, antes do quarto de hora. 

Aziz abriu o marcador @Catarina Morais / Kapta +

O início do Famalicão foi pouco produtivo, mas a resposta ao golo foi cabal. Quase de imediato, uma bola característica de Zaydou nas costas da defesa lançou Sorriso, que se mostrou (novamente) em grande plano e cruzou teleguiado para a cabeça de Cadiz. O venezuelano, no aspeto mais forte do seu jogo, subiu ao terceiro andar - qual Mário Jardel - e cabeceou de forma violenta para o fundo das redes. 

Sem muita emoção durante os mais de 25 minutos restantes, o jogo continuou nivelado (por baixo, diga-se) e as oportunidades dignas desse nome foram escassas, ou mesmo nulas. 

Estreia para esquecer 

O segundo tempo seguiu na linha do final do primeiro: equipas encaixadas, poucas oportunidades e um jogo algo sonolento. Ninguém mandou no jogo e o conformismo ia-se apoderando dos intervenientes. Artur Soares Dias também não foi facilitando a vida aos jogadores, apitando a todo e qualquer contacto. Vinte minutos de posse, longe dos polos do terreno. 

Em jogos encaixados, é preciso ter cabeça para vencer. Cadiz aproveitou uma defesa defeituosa de Jonathan, depois de um cruzamento traiçoeiro de Chiquinho e deu a vantagem ao Famalicão de cabeça, ao minuto 66´. Desde então, e já com muitas alterações nas equipas (destaque para a estreia de Adrien Silva), o Rio Ave correu atrás do prejuízo.

Vroussai entrou para o corredor esquerdo e foi desde aí que partiu para cabecear a bola e obrigar Junior a uma defesa difícil. Nóbrega, de seguida, cabeceou também ao lado e complicava a vida dos rioavistas. Depois, Joca e Puma, um para cada lado, tentaram de meia distância, mas os guardiões mantiveram o resultado.

Minuto noventa: penálti para o Rio Ave. Puma agarrou Boateng e o árbitro apontou para o castigo mínimo, segundo dos visitantes. O Rio Ave mudou o batedor e Adrien, o experiente estreante, partiu para a cobrança, mas Luís Júnior levou a melhor, para euforia dos adeptos famalicenses, que se apresentaram em grande número no Municipal.

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