Todos os anos há aquele nervoso miudinho, aquela ansiedade de querer jogar o novo Madden. Sempre! No entanto, 2024 foi diferente... também por causa da EA Sports. Andava um gajo tão empenhado a jogar College Football 2025 que nem se deu bem conta que o novo jogo da NFL estava mesmo aí. Atenção, não é nada fácil largar um videojogo tão profundo, tão bem pensado e com tantos pontos de interesse como o da NCAA, mas a partir do momento em que liguei a consola e carreguei no Madden, admito que nem me lembrei que tinha o outro. E isto não é porque um está melhor do que o outro! Ambos são incríveis, mas a vontade de jogar com os meus Chicago Bears e a felicidade pura de controlar o meu novo quarterback - Caleb Williams - têm vindo ao de cima.
Os aspetos mais técnicos podem ler nesta ligação, porque neste artigo vou transmitir uma perspetiva mais pessoal.
Franchise
E foi esse hype ao volta dos Bears que me levou logo diretamente ao modo Franchise, no qual podes escolher uma equipa da NFL, geri-la e tentar levá-la à terra prometida: o SuperBowl. Ora, para quem estava habituado às versões anteriores, o choque total (pela positiva) deu-se logo quando chegou a hora de, pura e simplesmente, escolher, lá está, o nosso franchise. Quando no 2024 tínhamos apenas os 3 melhores jogadores e a avaliação (de 0 a 100) da defesa e do ataque, agora temos isso... e muito mais! Desde os principais craques, ao teto salarial disponível, informações detalhadas sobre a nossa escolha e algo que eu acho brilhante: quantos jogadores temos com determinada rapidez de evolução. Isso é incrível!
O que eu também notava em anos anteriores era que, quer o interface, quer a simulação (principalmente a simulação das semanas!) eram algo lentos e isso está totalmente diferente. Para simular uma época inteira demorava, se calhar, 2 minutos, e agora com 30 segundos temos a coisa despachada. Aqui, a rapidez, é a grande diferença, porque de resto havia pouca margem para melhorar.
No entanto, a minha grande surpresa foi quando cheguei ao draft, um dos momentos de maior 'tensão' para quem joga este modo. Queremos sempre escolher os melhores jogadores e, ao longo das últimas edições, já vínhamos a perceber a manha da coisa, mas agora mudou tudo! Temos muito mais informação de talhada, muitos mais aspetos para analisar, logo... é mais difícil acertar no jogador certo. Isto é bom, é mais desafiante, mas admito que a minha primeira experiência não foi nada boa... porque só escolhi malta medíocre!
Ah, quase me esquecia! Agora temos uma experiência muito mais imersiva do draft, parece mesmo que estamos lá, temos o comissário Roger Godell a anunciar as escolhas de cada equipa, vemos os jogadores a subir ao palco e temos, no ecrã gigante, uma tabela que nos mostra todos os rookies escolhidos.
No que toca ao jogo em campo em si, notam-se algumas melhorias, mas nada por aí além, até porque o produto já era bastante aceitável. Ora, o que noto jogando na 3ª dificuldade (são 4) é que temos de ser ainda mais meticulosos com as nossas leituras enquanto quarterback para a defesa não nos destruir. Eu estava habituado ao 'bem bom' do College Football e cheguei a este Madden e... pumba, três interceções logo no primeiro jogo. Tal como acontece na NFL.
Ultimate Team
Depois passei para o Ultimate Team, algo que não joguei muito na edição passada, mas que agora me tem agarrado durante horas à consola. Jogar online continua a ser um problema, porque, apesar de não ser nenhum nabo, apanho quase sempre malta dos Estados Unidos que crescem a jogar e ver futebol americano e sabem ler ataques e defesas de uma forma que eu não consigo. Por isso a minha vida online não tem sido nada fácil.
Contudo, o que eu mais gosto mesmo é construir a equipa, evoluí-la e melhorá-la (sim, são duas coisas diferentes) através dos muitos desafios que este modo oferece. Quase todos os dias aparecem novas formas de reforçar o nosso franchise, seja através de packs, de sets ou de desafios que nos fazer passar de nível na temporada. Só neste momento, se não estou enganado, temos 5 eventos que permitem ganhar prémios a cada nível que conquistamos.
Já apanhei equipas muito melhores do que a minha, mas o meu Christian McCaffrey já evoluído até 83, tal como o Maxx Crosby, fazem inveja a muita gente. Só vou ter é de melhorar o meu quarterback - o CJ Stroud não se safa nada mal, mas anda aí um Tom Brady que mete medo... só que é muiiiiito caro!
Superstar
Desta vez, troquei tudo, porque normalmente este era o modo que eu atacava logo. Ainda por cima este ano há a possibilidade de importarmos o nosso jogador do College Football para jogarmos com ele na NFL. Isso é brilhante e uma forma perfeita de juntar estes dois super sucessos. Eu ainda não o fiz porque, no NCAA, armei-me em esperto, criei um running back de duas estrelas e não consigo sair da cepa torta... e já estou no meu último ano!
Ora, o que é que me chamou à atenção? Ter mais capacidade de escolha no tipo de jogador que quer ser. Por exemplo, como quarterback, tenho 5 tipos definidos, mas, conforme o tamanho, peso e características que prefiro evidenciar no meu craque, isso pode mudar, bem como o quanto posso evoluir os badges. Isto é a primeira parte.
A segunda parte começa no draft combine, que é em tudo parecido ao do ano passado, mas a seguir... é tudo diferente. As animações estão incríveis, temos o treinador a ligar, a dar-nos as boas-vindas e tal... Muito bom! Ah, e consegui ser escolhido por uma equipa que não os Minnesota Vikings, como era sempre no 2024. Fosse qual fosse a posição que escolhia, ia sempre vestir de roxo... Aqui não, os Raiders foram buscar-me com a 13ª escolha e vamos até ao fim! Temos é de mudar de quarterback, porque o Gardner Minshew não é aquela coisa...
Bem, esta é a minha visão deste super jogo que me tem agarrado durante horas à consola. Há pessoas lá em casa que não ficam muito satisfeitas por não terem direito à televisão, mas... há prioridades! Este Madden está a ser uma excelente experiência e a quantidade de conteúdo que temos dia a dia vai conseguir fazer com que não se torne enfadonho. Já o ano passado era assim.
Uma nota final: ainda não consegui ser campeão com os Bears e, na minha segunda época tive duas vitórias e 15 derrotas. Espero que isto não se traduza na vida real.
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