As autoridades do Egito detiveram 10 pessoas que participaram numa manifestação pró-Palestina, e que terão pedido a expulsão do embaixador de Israel no país.
Segundo a agência Associated Press (AP), quase 200 pessoas manifestaram-se em frente ao edifício do Sindicato dos Jornalistas no Cairo, no sábado, com a bandeira da Palestina em mãos. Os detidos foram 'apanhados' pelas autoridades mais tarde, quanto estavam nas suas casas.
"Que vergonha! O Egito está a ajudar no cerco [à Faixa de Gaza]!" eram algumas das palavras de ordem, bem como "Não à Embaixada de Israel! Não à normalização [da ocupação]".
"Abram a passagem de Rafah" e "Glória à resistência palestiniana" lia-se nas diferentes faixas que os manifestantes levavam em mãos.
Os detidos ficarão sob custódia durante pelo menos 15 dias, enquanto decorrem as investigações. Foram acusados de espalhar informações falsas e de aderir a um grupo terrorista. Segundo a AP, em causa estará a Irmandade Muçulmana, proibida no Egito desde 2013. Estas acusações, diz a agência de notícias, são regularmente utilizadas em casos que envolvem críticos do governo egípcio.
Desde o ataque do Hamas a Israel a de 7 de Outubro e a consequente guerra na região, as autoridades egípcias detiveram dezenas de manifestantes pró-Palestina, segundo um relatório do grupo de direitos humanos Egyptian Initiative for Personal Rights, citado pela AP.
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