Eleições em Taiwan são "escolha crucial entre guerra e paz"

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Cresce a tensão em Taiwan antes das eleições de dia 13 Ritchie B. Tongo - EPA

Uma associação chinesa para as relações com Taiwan pediu aos taiwaneses que tomem "a decisão certa" nas eleições de dia 13, que qualificou de escolha "crucial entre a paz e a guerra".

"São uma escolha crucial entre a paz e a guerra, entre a prosperidade e a recessão", afirmou o presidente da Associação chinesa para as Relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan, Zhang Zhijun, de acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

O responsável instou os taiwaneses a permanecerem "do lado certo da história" e a trabalharem "para o desenvolvimento pacífico das relações" dos dois lados do Estreito.

Zhang indicou ainda que Pequim não vai alterar "a sua aspiração original de promover o intercâmbio e a cooperação entre as duas margens do Estreito".

"Continuaremos a opor-nos à independência de Taiwan e a qualquer interferência do exterior", acrescentou.

Pequim, que considera Taiwan parte integrante do território chinês, há muito que promete voltar a integrar a ilha, recorrendo à força se necessário.

No discurso de Ano Novo, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a reunificação da China com Taiwan é inevitável, não tendo mencionado as eleições presidenciais e legislativas de Taiwan.

O candidato do Partido Democrático Progressista, no poder, e atual vice-presidente de Taiwan, William Lai Ching-te, lidera as sondagens nas eleições.

A presidente de Taiwan afirmou na segunda-feira esperar uma "coexistência pacífica" a longo prazo entre Taipé e Pequim e sublinhou que o futuro das relações deve ser decidido pelos "procedimentos democráticos" da ilha, que em breve realiza eleições.

"Esperamos que os dois lados (do Estreito de Taiwan) retomem o mais rapidamente possível intercâmbios saudáveis e sustentáveis", declarou Tsai Ing-wen no discurso de Ano Novo, o último antes do fim do mandato, em maio.

"Esperamos também que as duas partes procurem conjuntamente uma via, estável e a longo prazo, para uma coexistência pacífica", acrescentou.

A China cortou as comunicações de alto nível com o governo de Tsai desde que a líder foi eleita, em 2016, e aumentou a pressão militar, diplomática e económica sobre o território.

Tsai, que se recusa a reconhecer as reivindicações territoriais da China, afirmou no discurso de Ano Novo a necessidade de Taiwan defender a democracia.

"Face ao regresso do conflito entre democracia, liberdade e autoritarismo no mundo, a única escolha para Taiwan no futuro é continuar a defender a democracia e proteger a paz", declarou.

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