Eleições. Europeus foram votar a fazer contas à vida

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03 out, 2024 - 09:42 • Daniela Espírito Santo

Maioria dos europeus foi às urnas a pensar no aumento do custo de vida e na conjuntura económica. Em Portugal, o acesso a cuidados de saúde preocupa na hora de votar.

O mais recente Eurobarómetro adianta que os europeus foram às urnas enquanto faziam contas. Segundo o "Inquérito Pós-Eleitoral UE 2024", cujos dados foram divulgados esta quinta-feira em Bruxelas, 42% dos inquiridos em todos os 27 países da União Europeia confessaram ter ido votar a pensar, sobretudo, no "aumento dos preços e do custo de vida". Logo de seguida, com 41%, o tópico da "situação económica" foi o mais escolhido.

Este inquérito de opinião, realizado após as eleições europeias de junho de 2024, contou com mais de 26 mil entrevistados e abrangeu todos os 27 países da UE. Focou-se, sobretudo, em "comportamento eleitoral e prioridades dos europeus".

O Estado de Direito e a própria democracia surgem em quarto lugar nesta tabela especial do Eurobarómetro pós-eleições europeias, com um quinto lugar partilhado por três dos assuntos mais falados da atualidade: "ambiente e alterações climáticas", "migração e asilo" e "defesa e segurança".

Perante os resultados, a presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola, garantiu que, ao longo das próximas semanas, o PE vai "escrutinar a nova Comissão Europeia para garantir que esta vá ao encontro das questões prioritárias para os cidadãos: o custo de vida, o estado da nossa economia, a democracia, o Estado de direito, a migração e a segurança".

E em Portugal?

O cenário português não é muito diferente, numa primeira análise: também a maioria dos inquiridos português foi votar a pensar na carteira (59%). A "surpresa" surge, no entanto, logo no segundo critério que levou os portugueses às urnas: proteção social, previdência social e o acesso a cuidados de saúde foram assuntos que interessaram a mais de metade dos entrevistados (51%).

Recorde-se que estas foram as eleições europeias mais participadas "dos últimos 30 anos", como recordou Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, a comentar os resultados deste inquérito.

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