Eleições/Madeira. PTP quer que seja levantada imunidade a Albuquerque

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O partido esteve hoje concentrado em frente à Quinta Vigia, no Funchal, residência oficial do presidente do executivo madeirense, para defender que existe corrupção na Madeira, o que considerou "um flagelo".

O candidato disse que, caso o seu partido seja eleito nas eleições antecipadas de 26 de maio, vai propor ao parlamento madeirense que seja retirada a imunidade parlamentar a Miguel Albuquerque, que se demitiu da presidência do Governo Regional e volta a ser cabeça de lista pelo PSD.

O PTP quer que Albuquerque responda pelos crimes de que está acusado pelo Ministério Público e que seja levada a cabo uma "fiscalização intensa sobre a utilização dos dinheiros públicos", afirmou.

Acompanhado da cabeça de lista do partido às eleições antecipadas, Raquel Coelho, Dionísio Andrade afirmou que os recursos financeiros e naturais da região são gastos "só para meia dúzia de barões do dinheiro".

O candidato acusou Miguel Albuquerque (PSD) de piorar a situação face ao tempo "do regime corrupto do dr. Jardim" - referindo-se ao ex-presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim -, criando agora ainda "mais 'lobbys' e mais monopólios".

"E nós queremos acabar com esta proteção dos grandes grupos económicos. A economia da Madeira deve estar ao serviço de todos os madeirenses e de todos os porto-santenses", defendeu.

Em 2011, o PTP chegou a alcançar três mandatos na Assembleia Legislativa da Madeira e em 2015 integrou a coligação Mudança (PS/PTP/PAN/MPT), que se desintegrou após o ato eleitoral, e ficou representado por um deputado, não tendo porém, conseguido eleitos nas últimas duas eleições regionais.

As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

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