Eleições nos EUA? "Se tudo for honesto, aceitarei de os resultados"

O antigo presidente norte-americano, Donald Trump, recusou-se, mais uma vez, a comprometer-se a aceitar os resultados das eleições presidenciais de 2024 e deu a entender que estava preparado para "lutar" se o resultado não fosse "honesto".

Na entrevista ao Milwaukee Journal Sentinel, na quarta-feira, o antigo presidente norte-americano repetiu falsas alegações de que ganhou no estado de Wisconsin durante a eleição de 2020 e lançou dúvidas sobre se os votos este ano serão contados "honestamente".

"Se tudo for honesto - o que prevemos que será porque muitas mudanças foram feitas nos últimos anos –, aceitarei de bom grado os resultados. Se não for, tenho de lutar pelos direitos do país", destacou Trump, acrescentando que estaria "a fazer um mau serviço ao país se dissesse o contrário".

"Quero que as pessoas que votam, votem honestamente. Quero que as cédulas [eleitorais] sejam contadas honestamente", destacou ainda.

Sobre os resultados eleitorais do Wisconsin, em 2020, Trump desafiou os jornalistas a voltarem "a olhar para todas as coisas que foram descobertas" que, segundo o antigo presidente dos EUA, mostram que ganhou a eleição. "Também mostram que ganhei a eleição em outros locais", alegou.

Recorde-se que em 2020, Wisconsin foi um dos vários estados onde Trump e os seus aliados tentaram minar os resultados eleitorais através de acusações infundadas de fraude generalizada.

A recusa do ex-presidente em aceitar a vontade dos eleitores culminou no violento motim de 6 de janeiro no Capitólio dos EUA, onde os apoiantes de Trump tentaram minar a certificação do Colégio Eleitoral da vitória do presidente Joe Biden.

Trump é atualmente arguido em dois casos relacionados às suas ações após as eleições de 2020 – um movido pelo Departamento de Justiça e outro por promotores estaduais na Geórgia. 

Por sua vez, é o favorito à nomeação republicana para desafiar o presidente democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 5 de novembro.

Leia Também: Trump afirma que Universidade deveria ter chamado a polícia mais cedo