24.º Congresso do PS
07 jan, 2024 - 12:55 • João Pedro Quesado
Acompanhe o discurso do novo secretário-geral do Partido Socialista, no fim de um congresso de entronização que não esqueceu os oito anos de governação de António Costa.
Pedro Nuno Santos já começou o último discurso do 24.º Congresso Nacional do PS, que decorre desde sexta-feira na FIL, em Lisboa.
A sessão de encerramento conta com representantes do PSD e CDS - num dia em que assinam o acordo de coligação -, assim como da Iniciativa Liberal, do Bloco de Esquerda, do PCP, do PAN, do Livre e do Partido Ecologista "Os Verdes". O Chega não foi convidado.
O novo líder do PS também falou no sábado, aproveitando o primeiro discurso político para “malhar na direita” e atacar o “vazio” de Luís Montenegro. O tom dos congressistas tem sido desafiador: o partido foi derrubado do Governo e da maioria absoluta na Assembleia da República mas, como disse António Costa, “só o PS fará melhor que o PS”.
Da demissão à liderança
Agora líder dos socialistas, Pedro Nuno Santos demitiu-se do Governo no final de dezembro de 2022, pressionado pelo escândalo da indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis – administradora da TAP que, depois de sair da companhia aérea, era secretária de Estado do Tesouro. Era ministro das Infraestruturas e da Habitação desde 2019.
Depois de meses de silêncio - interrompidos apenas pela comissão parlamentar de inquérito à TAP -, Pedro Nuno lançou-se no comentário político televisivo em outubro de 2023.
Pouco depois, a crise política provocada pela demissão de António Costa - consequência da “Operação Influencer”, em que o ainda primeiro-ministro é investigado por suspeita de “desbloquear processos” relacionados com o data center de Sines – precipitou a candidatura a secretário-geral do PS.
Pedro Nuno Santos venceu as eleições diretas de 15 e 16 de dezembro com 61% dos votos. José Luís Carneiro, o principal concorrente nas eleições internas, teve 37%, enquanto Daniel Adrião apenas contou com 1% dos votos.