Empresas de telecomunicações, media e tecnologia entre as que sofreram mais pressões de transformação

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O estudo da BCG revela que no último ano as empresas do sul da Europa sofreram menos pressões do que o resto do espaço comunitário.

O estudo é da BCG – Boston Consulting Group, que revela que no último ano as empresas em Portugal, Espanha e Itália (sul da Europa) sofreram menos pressões de transformação do que o resto das empresas da União Europeia e que o setor de Telecomunicações, Media e Tecnologia (TMT) é o mais crítico, com 69% das empresas a afirmar sofrerem pressões de transformação, seguido da Saúde (21%), do Retalho e da Indústria (ambos com 13%).

Pedro Pereira, Managing Director e Senior Partner da BCG em Lisboa, disserta sobre o tema dizendo que “a instabilidade económica e geopolítica, a inflação e as disrupções tecnológicas têm forçado as empresas europeias a tornarem-se cada vez mais resilientes, exigindo que se transformem e que se reestruturem para acompanhar as constantes mudanças”.

“Os dados do sul da Europa, onde Portugal se inclui, são um alerta para os líderes empresariais, nomeadamente nos setores das Telecomunicações, Media & Tecnologias, Saúde e Retalho, que contam com grande parte das empresas pressionadas para se transformar, evidenciando a importância da proatividade na definição de estratégias”, acrescenta.

Devido ao fraco desempenho operacional ou à instabilidade financeira, cerca de um sexto (16%) das empresas em Portugal, Espanha e Itália estão a sofrer fortes pressões de transformação e 6% necessita de reestruturar as suas operações para se manter viável, segundo o relatório “BCG Transform and Special Situations Index: Why One in Five European Companies Needs
to Transform”, realizado pela Boston Consulting Group (BCG).

O índice é baseado na análise do desempenho operacional e da estabilidade financeira de mais de 2.000 empresas públicas na Áustria, França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Suíça, Reino Unido, Dinamarca, Finlândia, Noruega e Suécia.

Além das TMT, também o setor da Saúde, do Retalho e da Indústria se destacam como setores em risco de inviabilidade, contando com 21% e 13% das empresas, respetivamente, a admitir fortes pressões de transformação, devido à necessidade de modernização, a dificuldades na cadeia de abastecimento, à inflação, às disrupções tecnológicas e à adoção de novas regulamentações mais restritivas a nível ambiental.

A consultora defende que adotar medidas preventivas, apostar numa liderança forte, pensar além
da redução de custos, definir estratégias a longo prazo e formalizar planos de transformação são estratégias chave para as empresas.

Outro estudo recente da BCG, intitulado “Five Truths (and One Lie) About Corporate Transformation”, evidencia que após reconhecerem a necessidade de se transformar, as empresas precisam de traçar um plano estruturado e exequível que lhes permita avaliar a situação e implementar medidas para se adaptarem ao mercado atual e se manterem viáveis.

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