Empresas e autarquia defendem novas fontes de água para Odemira

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Os presidentes da Lusomorango, Loic de Oliveira, e do Município de Odemira, Helder Guerreiro, disseram esta sexta-feira em S. Teotónio, que o futuro da economia e da coesão do território dependem da água. Ganhos de eficiência que possam ser obtidos não são suficientes.

Loic de Oliveira, presidente Lusomorango, defendeu esta sexta-feira, que é urgente concretizar soluções para a água para que Odemira tenha futuro. As novas soluções, adiantou, podem passar pela ligação ao Alqueva ou pela instalação de uma dessalinizadora que sirva o território.

O presidente da Lusomorango, associação de produtores de pequenos frutos que emprega mais de duas mil pessoas e exportou 86 milhões de euros em 2023, abriu o 6. º Colóquio Lusomorango Faceco 2024, na Sociedade Recreativa São Teotonense, em São Teotónio, concelho de Odemira.

Nesta edição, o debate centra-se em torno de soluções inovadoras de novas fontes de água que assegurem a disponibilidade deste recurso vital à produção de alimentos no futuro próximo.

José Velez, Vice-Presidente da CCDR Alentejo, destacou os três fatores que, além do sol, estão na base do sector agrícola em Odemira: solo, mão-de-obra e água. O solo, salientou “tem de ser encarado com um recurso dificilmente renovável”, a mão-de-obra “é fundamental tanto quantativamente como qualitativamente” e há que “enfrentá-la de forma racional” e a água sem a qual a agricultura não sobrevive.

“Há que olhar de forma ordenada para o planeamento do território”, afirmou, acrescentando que todos têm o seu papel nesta dinâmica.

José Carlos Pimenta Machado, vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), lembrou que no conjunto dos 10 anos mais secos, seis foram depois do ano 2000, destacou que a água não é só uma questão económica e que “a primeira prioridade do país é usar a água de forma mais eficiente”.

“O país tem muitas coisas a acontecer para melhorar a nossa capacidade”, adiantou.

Helder Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Odemira, referiu a importância do acordo no Pacto da Água e dos investimentos e obras em marcha para combater as perdas de água, bem como a eficiência das explorações agrícolas da região e o esforço que têm feito nesse sentido.

“Apesar de toda a eficiência, o importante era garantir a componente de novas fontes de água”, afirmou Helder Guerreiro.

O Colóquio Hortofrutícola é promovido pela Lusomorango – Organização de Produtores de Pequenos Frutos em parceria com a Universidade Católica Portuguesa e tem o Jornal Económico como media partner. A iniciativa, na sexta edição, enquadra-se no programa “Visão Estratégica para o Agroalimentar – Conhecer para Decidir, Planear para Agir”, que tem como objetivo refletir e produzir conhecimento para um sector agroalimentar mais sustentável, inovador e competitivo.

O encontro junta especialistas da esfera política e autárquica, empresarial e académica. Ricardo Reis, da Católica, os consultores Jorge Froes e Miguel Sousa Prado, Carmona Rodrigues, e José Pedro Salema, presidentes do Grupo Águas de Portugal e EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, respetivamente, Luís Mesquita Dias, presidente da Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores de Odemira e Aljezur, e Gonçalo Santos Andrade, vice-presidente da CAP, estão em São Teotónio esta sexta-feira. O Governo pontifica na pessoa do secretário de Estado da Agricultura, João Moura, e a Câmara de Odemira, através do seu presidente, Helder Guerreiro.

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