Ensaio – SYM Joyride 300 – o poder da simplicidade

7 meses atrás 66

Nem sempre temos de complicar o que é simples, e esta é uma norma que podemos aplicar muitas vezes quando andamos de scooter. A Joyride 300 é a scooter acima dos 125 cc mais acessível da SYM, mas será que perde em muitos aspetos para a restante gama e para a concorrência? É hora de o tentarmos descobrir!

Esta é portanto uma scooter muito fácil e prática como devem ser todas as automáticas. Aliás a SYM é uma marca de Taiwan conhecida pela sua sua relação preço-qualidade, pelo que este modelo apresenta um PVP semelhante ao de várias 125!  Desde que entrou no nosso mercado, a SYM juntou logo muitos novos utilizadores entre as duas rodas, principalmente com as suas scooters de baixa cilindrada, bem equipadas e com um preço acessível. A GTS 125 vendeu que nem pãezinhos quentes, mas hoje em dia são muitas as propostas da marca, para todos os gostos e bolsas.

Acima dos 125 cc esta Joyride 300 é a automática mais barata ou menos premium, mas não é por isso que deixa de ser menos interessante. Em termos de motorização, vem equipada com um monocilíndrico de refrigeração líquida que debita 25,8 cavalos de potência. Não parece muito, mas os 10 cv que tem a mais face às 125 mais potentes do mercado fazem toda a diferença no momento do arranque e quando é preciso ultrapassar.

FACILIDADE

Fonte:Motociclismo

Uma das particularidades desta scooter é o facto de ter um fundo plano na zona dos pés. Isto ajuda imenso no momento de subir e descer do veículo, e também permite a colocação de uma mochila ou saco junto às pernas, o que nem sempre é possível numa scooter. Só falta mesmo um gancho de suporte nesta zona. Debaixo do assento o espaço é bom, pois podemos guardar um capacete integral e ainda sobra bastante espaço.

Em termos de prestações, o motor apresenta as características tradicionais no segmento, o mesmo se passando com a ciclística, onde encontramos uma forquilha convencional na frente, com a particularidade de estar coberta por foles de borracha. Na traseira encontramos um duplo amortecedor com regulação na pré-carga da mola e existe um travão de disco em cada eixo, sendo as rodas de 15 e 14 polegadas, à frente e atrás respetivamente.

A travagem cumpre bem a sua tarefa em termos de potência e no tato das manetes, mesmo se estas não têm regulação e ficam ligeiramente longe dos punhos, o que pode atrapalhar os menos experientes ou os que têm simplesmente mãos mais pequenas. O assento está colocado numa posição acessível e a posição de condução é boa, num conjunto estreito e com boa proteção aerodinâmica, em que apenas os ombros ficam algo expostos ao vento. Quanto ao passageiro, segue de forma confortável, através de um bom assento e com uma boa posição das pernas.

O MELHOR  Espaço para as pernas, preço, acelerações  A MELHORAR  Amortecedores em mau piso. estética

Ainda em termos de equipamento, dizer que a ignição é keyless e funciona bem, a iluminação é full LED e o para-brisas dianteiro é ajustável com ferramenta. Encontramos ainda uma porta USB e a instrumentação é atrativa mas bastante simples e não possui computador de bordo. Simplicidade é quase sempre a palavra de ordem nesta scooter, mesmo em termos de construção e de acabamentos.

COMPORTAMENTO DINÂMICO

Fonte:Motociclismo

Dinamicamente tudo funciona bastante bem nesta SYM. Como já dissemos, é uma scooter muito prática de utilizar, e o facto de possuir um estrado plano para os pés irá beneficiar até o público feminino, que pretenda conduzir de saia ou vestido. O motor oferece acelerações bem fortes, com ligeiras vibrações ao arrancar que depois desaparecem, e só a partir dos 100 km/h é que se nota o motor a responder de forma menos viva, assegurando ainda assim uma velocidade máxima a rondar os 140 km/h, ou um pouco mais em descida.

Os consumos médios, medidos na bomba (pois a Joyride não possui computador de bordo), rondaram os 3,6 litros aos 100, e em termos dinâmicos as únicas queixas vão para o comportamento dos amortecedores traseiros em mau piso, deixando a scooter muito saltitona. Em asfalto de bom piso tudo funciona bem, e o facto de termos plataforma plana para os pés nem retira estabilidade ao conjunto, com uma boa rigidez e pneus CST que, pelo menos a seco, oferecem uma boa aderência.

Os faróis dianteiros e traseiros, com tecnologia LED são bonitos e garantem uma boa iluminação, e se é verdade que em termos estéticos esta Joyride não é apaixonante, na prática é uma boa scooter e possui todas as características que gostamos de apreciar num veículo deste segmento.

Apresentando um preço de 125 cc e cinco anos de garantia, esta Joyride 300 não é uma scooter premium mas apresenta boa qualidade e a dinâmica não desilude. É uma scooter bem ajustada para quem pretende um veículo muito prático e acessível, e pelas prestações já permite cumprir alguns passeios ao fim de semana.

SYM JOYRIDE 300

Fonte:Motociclismo

MOTOR monocilíndrico, refrigeração líquida

CILINDRADA 278,3 cc

POTÊNCIA 25,84 cv (19 Kw) @ 8.000 rpm

BINÁRIO n.d.

CAIXA automática CVT

QUADRO tubular em aço

DEPÓSITO 11,5 litros

SUSPENSÃO DIANTEIRA forquilha telescópica convencional, curso n.d.

SUSPENSÃO TRASEIRA duplo amortecedor, curso n.d.

TRAVÃO DIANTEIRO disco de 260 mm, ABS

TRAVÃO TRASEIRO disco de 240 mm, ABS

PNEU DIANTEIRO 120/70-15

PNEU TRASEIRO 140/70-14

DISTÂNCIA ENTRE EIXOS n.d.

ALTURA DO ASSENTO n.d.

PESO 192 kg

P.V.P. (desde) 5.299 €

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