Entidade judaica repudia comparação de Lula entre Gaza e o Holocausto

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"A DAIA junta-se ao repúdio expresso pela Confederação Israelita do Brasil, CONIB, após as expressões do Presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva", publicou a delegação, uma das mais relevantes no meio judaico na Argentina, no seu perfil na rede social X (ex-Twitter).

A Argentina tem entre 300.000 e 400.000 judeus, o que faz dela a maior comunidade da América Latina e a quinta maior do mundo.

A declaração do DAIA juntou-se à de outras instituições judaicas, como o Centro Simon Wiesenthal (CSW), que considerou as declarações de Lula - proferidas durante uma cimeira da União Africana (UA) em Adis Abeba - "incompatíveis" com o papel do Brasil como membro observador da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA).

O Presidente brasileiro afirmou que "o que está a acontecer na Faixa de Gaza não é uma guerra, mas um genocídio" e comparou a situação atual a um dos acontecimentos mais memoráveis da Segunda Guerra Mundial "quando Hitler decidiu matar os judeus".

O governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, criticou os comentários de Lula da Silva e disse-lhe que o considerava "persona non grata" até que peça desculpa e se retrate.

A reação israelita levou o Brasil a chamar o seu embaixador em Telavive para consultas e a convocar hoje numa reunião de emergência com o embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine.

A crise diplomática ocorre na véspera da primeira reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 sob o mandato de Lula, que se realiza no Rio de Janeiro na quarta e quinta-feira.

No Brasil, a comitiva do antigo presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro (2019-2022) também repudiou os comentários de Lula.

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