Entre "dramas" e ex-SCUT, "PS na Oposição faz mais do PSD no Governo"

2 semanas atrás 48

O secretário-geral do Partido Socialista (PS) falou, esta quinta-feira, aos jornalistas, depois de uma proposta do partido para o fim das portagens nas ex-SCUT ter tido 'luz verde' na Assembleia.

"O que estamos a fazer é cumprir o compromisso eleitoral que estabelecemos com o povo português. Foi isso que fizemos, com orgulho. Não estamos a ir para lá do nosso programa eleitoral e não estamos a aprovar propostas que não tinham enquadramento no cenário macroeconômico que o Partido Socialista apresentou", referiu, em declarações aos jornalistas.

Sublinhando que 'se trabalha' tanto no Governo, como no Parlamento, Pedro Nuno Santos reforçou que o PS estavam neste último para "fazer trabalho, aprovar propostas e melhorar a vida do povo português".

O líder socialista exemplificou ainda a discussão e votação das propostas em relação ao IRS, antes de fazer uma avaliação ao Governo, que cumpre hoje um mês. "Ao final de 30 dias, retiramos uma mudança de logótipo, uma proposta de redução de IRS que se revelou falsa, a promoção da instabilidade em vários serviços da administração pública sem que seja justificado ou explicado de forma cabal e convincente as razões para estas substituições. E, agora, tivemos da parte do ministro das Finanças, uma dramatização da situações das contas públicas, que nos faz lembrar o discurso da tanga do ex-primeiro-ministro Durão Barroso", acusou, acrescentando que esta era uma preparação da Executivo para que não houvesse cumprimento das promessas eleitorais.

"Em vez de termos governo que governa, temos governo que é foco de instabilidade na administração pública, que dramatiza de forma catastrofista a situação das contas públicas, que estão bem, e isso é preocupante. Precisávamos era de um governo a governar. O Partido Socialista na Oposição está a conseguir fazer mais do que o PSD no Governo", considerou.

As declarações surgem depois de a proposta para o fim das portagens nas ex-SCUT ser aprovada no Parlamento, apenas com os votos contra do PSD e do CDS (e abstenção da IL).

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