Ericsson passa de lucro a prejuízo de dois mil milhões de euros em 2023

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CEO da empresa sueca de infraestruturas de telecomunicações alerta: “Ao olharmos para 2024, esperamos que o mercado fora da China caia ainda mais, com incertezas semelhantes às vivenciadas em 2023”.

A Ericsson passou de lucros de 19 mil milhões de coroas suecas (1,7 mil milhões de euros) a prejuízos de 26,1 mil milhões de coroas suecas (2,3 mil milhões de euros) no ano passado, revelou esta terça-feira a empresa sueca de infraestruturas telecomunicações.

O lucro por ação foi de -7,94 coroas suecas em 2023. Segundo a multinacional com sede em Estocolmo, a perda líquida foi impactada por -31,9 mil milhões de coroas suecas de imparidades (goodwill) e -6,5 mil milhões de coroas suecas de encargos de reestruturação.

Já as vendas fixaram-se nas 263,4 mil milhões de coroas suecas (na ordem dos 23,1 mil milhões de euros), o que representa menos 3% do que no ano anterior e um número acima das previsões do mercado.

“Apesar dos ventos contrários e de um mercado de redes móveis muito fraco, conseguimos gerar um EBITA [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] anual de 21,4 mil milhões de coroas suecas. Embora as medidas que tomámos para melhorar o desempenho estejam a dar frutos, não estamos satisfeitos com a nossa rentabilidade e há mais trabalho a fazer”, afirmou o presidente e CEO da Ericsson.

“Ao olharmos para 2024, esperamos que o mercado fora da China caia ainda mais, com incertezas semelhantes às vivenciadas em 2023. Neste contexto, continuamos focados na gestão dos elementos sob o nosso controlo, incluindo eficiência operacional e gestão rígida de custos”, explicou Börje Ekholm, na mensagem que consta do relatório financeiro divulgado esta manhã.

No quarto trimestre de 2023, Aa vendas líquidas da Ericsson caíram 16%, em termos homólogos, para 71,9 mil milhões de coroas suecas (aproximadamente 6,3 mil milhões de euros), um valor abaixo das estimativas dos analistas, que eram de 76,6 mil milhões de coroas suecas (6,7 mil milhões de euros).

“A procura subjacente ao crescente tráfego de dados e ao facto de o 5G estar apenas nas fases iniciais de construção exigirá investimentos adicionais na rede. Na nossa opinião, os atuais níveis de investimento são insustentavelmente baixos para muitos operadores. Estamos, portanto, confiantes de que uma recuperação do mercado deverá materializar-se”, concluiu o número um da Ericsson.

O conselho de administração vai propor à Assembleia Geral de acionistas um dividendo para 2023 de 2,70 coroas suecas por ação.

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