Espanha-Inglaterra: "Vamos à la fiesta" ou "finally, it's coming home"?

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Chegou o dia pelo que todos os adeptos de futebol ansiavam desde o passado dia 14 de junho. O Estádio Olímpico de Berlim recebe, este domingo, a final do Campeonato da Europa de 2024, que coloca frente a frente Espanha e Inglaterra.

Um jogo que é histórico em todas a suas vertentes, quer para os espanhóis, quer para os ingleses e... até para o árbitro do encontro, o francês Letexier. E esta também é a segunda edição de uma partida entre os espanhóis e os ingleses numa fase a eliminar.

No único duelo entre Espanha e Inglaterra em jogos de fases a eliminar, a Inglaterra bateu a Espanha no desempate por penáltis, no caso nos quartos de final do Campeonato do Europeu de 1996, disputado em solo inglês. Na altura, no Estádio de Wembley, os anfitriões, que seriam eliminados nas 'meias', impuseram por 4-2 na 'lotaria', com golos de Alan Shearer, David Platt, Stuart Pearce e Paul Gascoigne, depois de 120 minutos sem golos.

Pelos espanhóis, Fernando Hierro falhou a primeira tentativa e Miguel Ángel Nadal, tio do tenista espanhol Rafael Nadal, a quarta, de nada valendo, pelo meio, os remates certeiros de Guillermo Amor e Alberto Belsué.

Segue-se agora, em Berlim, um reencontro entre Espanha e Inglaterra em Berlim, com as duas seleções a lutarem por diferentes objetivos. A La Roja, que chega a esta final recheada de elogios por conta do futebol praticado no Euro'2024, pode fazer história e tornar-se a primeira seleção a chegar ao 'tetra', repetindo 1964, 2008 e 2012, sendo Jesús Navas, agora como então suplente, o único sobrevivente de há 12 anos.

Do outro lado, Inglaterra, que terá sido uma das equipas mais criticadas durante toda a competição e tudo por causa de um estilo de futebol que adormeceu mais do que encantou em muitos momentos, chega à final com um conjunto de craques que procura, evitar uma segunda derrota consecutiva num decisivo jogo europeu.

É que a formação orientada por Gareth Southgate não guarda boas memórias da final do Euro'2020, disputado em 2021. No Estádio de Wembley, em Londres, a seleção britânica caiu diante de Itália, a campeã europeia em título, com um desaire no desempate por penáltis. É, por isso, a segunda oportunidade que os ingleses têm para somar aquele que poderá ser o primeiro título europeu.

Falta-nos falar do árbitro do encontro, que também ele fez história. O juiz francês François Letexier, de 35 anos, foi o escolhido pela UEFA para apitar esta final do Euro'2024, tornando-se o mais jovem árbitro a ajuizar o jogo decisivo da prova.

Estão, por isso, reunidos todos os ingredientes para uma final que promete ser eletrizante do primeiro ao último minuto. Letexier apita para o início da final às 20h00 deste domingo. No final saberemos se "vamos à la fiesta" ou se "finally, it's coming home".

Treinadores em discurso direto:

Luis de la Fuente:

Fé nos jogadores: "Confio muito nos meus jogadores e prevejo um grande futuro para eles, mas isso não garante que ganhemos sempre. O que precisamos de trabalhar é a forma de fazer as coisas, o processo, pois isso é que fará com que tenhamos sucesso de forma consistente. Além disso, quando se joga num nível competitivo tão elevado e se tem jogadores talentosos como estes, está-se sempre mais perto de vencer."

Significado do triunfo: "Sou um lutador e gosto de batalhas. Gosto muito de ver as pessoas felizes e sei o quão felizes os meus jogadores ficariam. Estamos muito entusiasmados por ver um país inteiro a demonstrar o seu carinho por nós. Se ganharmos o título seria uma celebração épica."

Favorito: "Estamos serenos e nunca perdemos a perspectiva do que é esta competição e o que está em jogo. Sabemos que amanhã não há favorito e é um jogo muito equilibrado. Sabemos também que se não jogarmos acima do nível que demonstrámos até agora, com concentração total e evitando cometer erros vai ser muito difícil vencer. Sei que a minha equipa pode fazer tudo isto e estamos muito entusiasmados, embora com o máximo respeito pelos adversário, que é de grande valor."

Gareth Southgate:

Pontos fortes do adversário: "A Espanha tem uma forma de jogar muito clara; é uma equipa estável que pressiona muito bem e com bastante intensidade. Mantém muito bem a posse de bola, por isso é preciso estar muito organizado . Mas nesse capítulo da posse de bola também estivemos muito bem nos últimos jogos."

Exigências aos jogadores: "Não acredito em contos de fadas, mas acredito em sonhos. Tivemos grandes sonhos, mas é preciso fazer com que estas coisas aconteçam. A campanha que fizemos até aqui, os golos tardios, a vitória no desempate por penáltis - isso só não é suficiente. Temos de ter um desempenho ao nível do que é exigido numa final."

Significado do triunfo: "Sabemos o que isso significaria para todos no país e para nós como equipa - não apenas para este grupo, mas para todos os jogadores envolvidos e equipa técnica. Todos contribuíram para a cultura de vitória deste grupo e por isso adoraríamos dar a todos uma noite especial amanhã."

Últimos onzes:

Espanha: Unai Simón, Jesús Navas, Nacho Fernández, Aymeric Laporte, Marc Cucurella, Fabián Ruiz , Rodri Hernández, Lamine Yamal, Dani Olmo, Nico Williams , Álvaro Morata.

Inglaterra: Jordan Pickford, Kyle Walker, Marc Guéhi, John Stones, Bukayo Saka, Declan Rice, Kobbie Mainoo, Kieran Trippier, Phil Foden, Harry Kane, Jude Bellingham.

Últimos resultados:

Espanha: V-V-V-V-V

Inglaterra: E-E-V-E-V

Ausências:

Espanha: (-)

Inglaterra: (-)

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