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O acordo inclui candidaturas únicas em cada círculo eleitoral e um programa do Governo.
Numa declaração conjunta, os partidos assinalaram que a união "foi selada", embora continue por concretizar o nome do candidato a primeiro-ministro.
"Chegámos a um programa político de rutura, com um desdobramento para os primeiros 100 dias de mandato, propostas concretas e realistas para que a vida do povo francês realmente mude", realça a declaração.
A aliança de esquerda é formada pelo Partido Socialista, o ecologista EELV, França Insubmissa e Partido Comunista Francês, que na segunda-feira tinham manifestado a intenção de constituir uma nova Frente Popular, poucas horas depois de o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter anunciado a convocação de eleições legislativas antecipadas face à vitória da extrema-direita nas europeias de domingo.
A Frente Popular francesa foi uma coligação formada em 1935 por vários partidos de esquerda para responder à expansão do fascismo na Europa e que obteve a maioria absoluta nas eleições de 1936 para a Assembleia Nacional, mantendo-se no poder até 1938.
Numa entrevista ao canal televisivo TF1, o ex-Presidente socialista François Hollande defendeu que "a esquerda tem o dever de unir-se" para que "a extrema-direita não chegue ao poder".
Para Hollande, a possibilidade de a extrema-direita chegar ao poder "cria um perigo" para "a imagem de França e para as propostas que França pode fazer na Europa".
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