Esta mulher esconde estátuas de elefantes por todo o mundo. Eis o motivo

8 meses atrás 70

Lorn Pearson recorda-se de, em criança, ser fascinada pela grande estátua de madeira de um elefante que adornava a casa da avó, nas Terras Altas escocesas. Lembra-se, também, de ficar deitada ao lado da peça de decoração, enquanto o avô contava a história de como trouxe o ornamento da Índia. Antes do Natal de 2002, Lorn encontrou uma pequena estátua de um elefante numa loja de artigos em segunda mão, em Glasgow, que decidiu enviar à avó. Contudo, aos 87 anos, Margaret McKenzie Fletcher morreu no dia 13 de dezembro, antes de receber o presente da neta. O objeto foi enterrado consigo, ditando o início do ritual de Lorn.

“Comecei a comprar elefantes em lojas de artigos em segunda mão, que guardava durante algum tempo. Depois, levava-os para onde ia, de férias ou até ao parque. Deixava o elefante, sentava-me e recordava-a, esperando que a estivesse a deixar orgulhosa. E se alguém levasse o elefante, melhor”, começou por explicar a mulher de 43 anos à BBC Scotland News.

E continuou: “Até agora, já os deixei em todo o mundo. Asseguro-me de que são pequenos e normalmente escondidos, para não sujarem o sítio. É só uma pequena forma de lembrar a minha avó.”

Lorn já deixou elefantes em Wick, onde cresceu, e em Edimburgo, onde a avó viveu quando era criança. Há também vestígios da sua passagem em Lisboa, San Diego, Chicago, Boston, Nova Iorque, Toronto, Calpe, Tenerife, e até mesmo em Lochaline, onde a avó viveu no final da sua vida. É aí que a idosa está enterrada com o marido, John, e a filha, Sheila. Dois elefantes estão, também, em árvores do Pollok Park, em Glasgow, assim como um elefante de vidro no Queens Park, ali colocado para assinalar o centenário da mulher.

Depois de correr a maratona de Londres, em 2018, Lorn escondeu um elefante também no St. James Park.

Após o funeral da avó, a mulher recebeu um cartão de Natal dela, enviado no dia em que morreu, com 5 libras (5,75 euros).

“Comecei a chorar. Lembrei-me dela e de como era uma pessoa maravilhosa. Guardarei para sempre aquela nota de 5 libras, mesmo que ela fique chateada por não a gastar”, disse.

Lorn herdou o elefante de madeira da avó, ao qual chamou de Fletch, em homenagem aos avós. A mulher tem, agora, cerca de 40 elefantes espalhados pela casa, pelo jardim e pelo carro, pelo que parece que tem “um rebanho”.

“Não me importo mesmo se as pessoas os levarem. É tudo para lembrar a minha avó, a viagem do elefante, e esperar tê-la feito orgulhosa. Expliquei a história a uns membros da família recentemente, para saberem que não sou apenas uma senhora doida por elefantes”, brincou.

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