Estado e Fundo de Resolução podem ganhar 163 milhões com acordo com Novobanco

1 semana atrás 39

A Lone Star e o Fundo de Resolução estão a negociar o fim do Acordo de Capitalização Contingente antes de 2025. Um pay-out de 50% daria 163 milhões de euros em dividendos ao Fundo e ao Estado.

A Lone Star e o Fundo de Resolução (FdR) estão a negociar o fim do Acordo de Capitalização Contingente antes de 2025. O atual rácio de capital permitiria distribuir 50% dos lucros de 2022 e 2023, o que daria 85 milhões em dividendos ao FdR e 78 milhões ao Estado. Esta é a notícia que faz manchete esta sexta-feira na edição impressa do JE que já pode ser lida também nas plataformas digitais.

Os dividendos que o Fundo de Resolução e a Direção Geral do Tesouro e Finanças receberiam se fosse antecipado o fim do Acordo de Capitalização Contingente são o argumento mais forte para a Lone Star convencer o Fundo de Resolução a chegar a acordo para o fim antecipado do mecanismo de capitalização contingente (CCA) no Novobanco.

As contas que o Jornal Económico fez, com a ajuda de especialistas em contabilidade bancária, revelam que o atual rácio de capital permitiria distribuir 50% dos lucros de 2022 e 50% dos lucros de 2023. Isto significa que o Fundo de Resolução receberia 85 milhões de euros de dividendos do banco e a DGTF (Estado) receberia 78 milhões de euros. Atualmente, o fundo americano Lone Star detém 75% do Novobanco, enquanto o Fundo de Resolução detém 13,04% e a DGTF possui 11,96%.

As duas entidades públicas receberiam, em dividendos pelos dois exercícios, 163 milhões de euros, O que não é pouco relevante para o Fundo de Resolução, que tem de pagar dívida, e para o Estado, que precisa de receitas.

Recorde-se que Novobanco fechou as contas de 2023 com lucros de 743,1 milhões de euros, 32,5% acima dos 560,8 milhões registados em 2022. O Novobanco pode distribuir então 50% da soma dos dois, ou seja 651,9 milhões de euros.

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