Estoril Open: Nuno Borges está a pensar apenas no presente

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Nuno Borges está a tentar "não pensar muito", preferindo viver o presente no Estoril Open, onde está nos quartos depois desta quinta-feira se ter sentido mais confortável em court na vitória sobre o tenista italiano Lorenzo Musetti.

"Tentar não pensar muito no que estou à espera que aconteça. Estar à espera de jogar bem ou mal, e simplesmente pensar no presente", respondeu o maiato, ao ser questionado sobre as suas expectativas para este Estoril Open.

Pela primeira vez nos quartos de final do único torneio ATP português, o número um nacional assumiu ter-se sentido "bastante mais confortável em campo" do que na primeira ronda, na qual venceu o qualifier francês Lucas Pouille, em três sets.

"Acho que precisava daquela experiência, não precisava de ter sido tão apertado e com tanta dificuldade, pelo menos do meu lado. Hoje, foi um jogo totalmente diferente. Consegui fazer mais o meu jogo e consegui competir mais com o meu adversário e não estar só a tentar lutar comigo mesmo. Consegui fazer um bom jogo, tentar dificultar ao máximo a tarefa dele. Senti que, nos momentos decisivos, estive muito bem. Estou muito feliz", resumiu.

Para Borges, esta quinta-feira as condições no court central do Clube de Ténis do Estoril estavam "completamente" diferentes em relação às da primeira ronda, disputada numa segunda-feira chuvosa.

"Senti-me muito melhor em campo, se calhar mais adaptado e confortável, mas parecia completamente outro torneio comparado com segunda-feira. E o campo estava incrível. [Na segunda], estava muito pesado, por causa da chuva, e desta vez estava um ótimo dia para se jogar ténis", avaliou.

Após ter derrotado o 24.º jogador mundial e somado a terceira vitória sobre um top 30 esta temporada, o maiato de 27 anos defendeu que essa série de bons resultados só foi possível devido à sua preparação e treino.

"Acredito que tenho vindo a evoluir. E mesmo a maneira como encaro o jogo, como consigo disputar o jogo, tem vindo a mudar um bocadinho. Não foi do ano passado para este ano, como fazem parecer", completou.

Decisivo no encontro desta quinta-feira que venceu por 7-6 (7-4) e 6-3, em uma hora e 37 minutos, foi o facto de ter sido mais constante nos momentos decisivos.

"Não achei que [a vitória] foi das mais emocionantes e acho que isso foi uma coisa muito boa, porque consegui abstrair-me um bocadinho. Apesar de estar nervoso e de me ter custado um bocadinho a fechar o jogo, [...] senti-me bastante calmo, dentro do cenário. Simplesmente fiquei muito contente com a maneira como lidei com a situação", revelou, colocando este triunfo "no top 10, top 5" dos mais importantes da sua carreira.

Sobre o adversário da próxima ronda, o chileno Cristian Garín, que derrotou o francês Arthur Fils, carrasco de João Sousa, em três sets, disse pouco saber.

"Não o conheço muito bem. Conhecia o Arthur Fils bastante bem, sabia o que esperar dele, agora o Cristian Garín não conheço muito. Só soube há pouco, para já estou ainda a viver o momento e se calhar mais logo ou amanhã [na sexta-feira] de manhã começo a pensar na estratégia", acrescentou.

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