EUA anunciam negociações para nova ajudas e para libertação de reféns

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"Todos temos a obrigação de fazer todo o possível para levar a ajuda necessária a todos aqueles que dela precisam desesperadamente", disse Blinken depois de falar com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, num encontro em Jerusalém.

Sobre um futuro novo acordo para libertação de reféns retidos em Gaza, o secretário de Estado norte-americano mostrou-se otimista, mas reconheceu que ainda "há muito trabalho por fazer".

"Estamos muito focados nesse trabalho para, esperamos, poder retomar a libertação dos reféns que foi interrompida", confessou Blinken, lembrando que cerca de uma centena de reféns foram já libertados durante uma semana de tréguas, no final de novembro.

"Para nós, os reféns também são a coisa mais importante", reconheceu Blinken após o seu encontro com o Presidente israelita, Isaac Herzog, e referindo-se ao processo de negociações com o Hamas.

Os principais mediadores do conflito - Qatar, Egito e Estados Unidos - tentam há semanas promover uma proposta de quadro de tréguas que na terça-feira recebeu uma resposta positiva do Hamas, mas que Israel já rejeitou, pela voz do primeiro-ministro.

Ainda assim, Blinken insiste na tentativa de prosseguir as conversações.

"Temos agora uma resposta do Hamas à proposta que foi colocada sobre a mesa para avançar. Estamos a analisá-la intensamente", disse Blinken a Herzog.

Blinken assegurou que o seu Governo está focado em avançar para um acordo que permita "a retoma da libertação de reféns que foi interrompida há meses", reconhecendo estar a analisar uma iniciativa proposta pelo Hamas que inclui um roteiro com três fases.

O plano do Hamas inclui trocas de reféns por prisioneiros palestinianos, a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza e um aumento significativo da ajuda humanitária, embora o Governo israelita tenha evitado quaisquer possíveis concessões e, neste momento, aposte em continuar com a sua ofensiva.

O chefe da diplomacia norte-americana reiterou o seu apoio a Israel e a necessidade de trabalhar para que ataques como os de 07 de outubro "nunca se repitam", mas ao mesmo tempo também sublinhou a importância de adotar todas as medidas possíveis para proteger os civis em Gaza.

O Hamas lançou em 07 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta a ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

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