EUA anunciam sanções para oito responsáveis e facilitadores do Hamas

9 meses atrás 68

"Esta é a quarta série de sanções que impomos desde o terrível ataque do Hamas, a 07 de outubro", a território israelita, que fez 1.200 mortos, na maioria civis, e cerca de 240 reféns, declarou hoje o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, num comunicado.

Sobre a retaliação de Israel à Faixa de Gaza -- desde 2007 controlada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -, ainda em curso e com consequências calamitosas para a população civil, Miller responsabilizou o grupo palestiniano.

"Há mais de dois meses, o Hamas levou uma guerra trágica à Faixa de Gaza e agravou e perpetuou o sofrimento da população de Gaza a cada passo da crise que criou", sustentou o porta-voz norte-americano.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 68.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 18.000 mortos, na maioria civis, e mais de 50.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, confirmado pela ONU, e cerca de 1,9 milhões de deslocados, também segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano pobre numa grave crise humanitária.

O Departamento de Estado norte-americano indicou ter coordenado "estreitamente esta ação com o Reino Unido, que está simultaneamente a aplicar sanções a vários responsáveis importantes do Hamas".

"Os Estados Unidos e os nossos aliados e parceiros estão firmes no seu compromisso de desmantelar as redes que apoiam os fluxos de financiamento do Hamas, como parte do nosso esforço contínuo para prevenir e impedir a sua atividade terrorista", sublinhou Matthew Miller.

O Departamento do Tesouro norte-americano precisou também num comunicado que o seu Gabinete de Controlo de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) visou, com a ação de hoje, "responsáveis essenciais que perpetuam a agenda violenta do Hamas", que foram designados em simultâneo com o Reino Unido, e estão instalados em Gaza, na Turquia e no Líbano.

"O Hamas continua a depender fortemente de redes de membros e afiliados bem posicionados, explorando jurisdições aparentemente permissivas para realizar campanhas de angariação de fundos em prol do grupo e canalizando essas receitas ilícitas para apoiar as suas atividades militares em Gaza", afirmou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Informações Financeiras, Brian E. Nelson.

"Continuamos empenhados, assim como os nossos aliados e parceiros, em utilizar os nossos instrumentos e autoridades coletivos para diminuir a capacidade do Hamas para financiar mais ataques e desestabilizar ainda mais a região", asseverou o governante.

As sanções hoje adotadas por Washington traduzem-se no congelamento de todos os bens e ações das oito pessoas visadas, que se encontrem em território norte-americano ou na posse ou controlo de pessoas dos Estados Unidos.

Além disso, "todas as entidades que sejam detidas, direta ou indiretamente, individual ou globalmente, em 50% ou mais por uma ou mais pessoas sancionadas são também bloqueadas", segundo o Departamento do Tesouro.

Por último, ficam proibidas todas as transações por pessoas dos Estados Unidos ou dentro dos Estados Unidos ou em trânsito pelo país que envolvam quaisquer bens de pessoas sancionadas.

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