Este pacote de 250 milhões de dólares marca o último financiamento de Washington a Kiev enquanto não for aprovado um novo pacote de apoio no Congresso, onde as negociações estão paralisadas.
A Casa Branca já tinha avisado que ficaria “sem recursos” para a Ucrânia até ao final do ano enquanto não houver nova autorização do Congresso. O acordo sobre o envio de mais apoio para a Ucrânia está a ser travado pelos republicanos, que condicionam a sua luz verde a um endurecimento drástico da política de migração norte-americana.
“É imperativo que o Congresso aja o mais rapidamente possível para promover os nossos interesses de segurança nacional, ajudando a Ucrânia a defender-se”, disse o secretário de Estado, Antony Blinken, num comunicado na quarta-feira.
“A nossa ajuda tem sido fundamental para apoiar os nossos parceiros ucranianos na defesa do seu país e da sua liberdade contra a agressão da Rússia”, acrescentou Blinken.
A Ucrânia já alertou que a sua capacidade militar e finanças públicas estão em risco se não houver mais ajuda por parte do Ocidente.
"Apoio dos aliados é extremamente crítico"
Em meados de dezembro, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, viajou até Washington para conversar pessoalmente com o seu homólogo norte-americano e aumentar a pressão para mais ajuda. No entanto, os esforços foram em vão.
“O apoio dos aliados é extremamente crítico”, disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Svyrydenko, que também exerce o cargo de ministra da Economia do país, numa entrevista ao Financial Times na quarta-feira. "Precisamos disso com urgência”, apelou.
A diminuição da ajuda em armamento aumenta os riscos para a Ucrânia em 2024, segundo alertam vários especialistas, dado que Kiev está em desvantagem com Moscovo no que diz respeito à ajuda militar por parte dos aliados.Enquanto o envio de armas parece incerto, o ministro das Indústrias Estratégicas da Ucrânia disse, na quarta-feira, que Kiev estava a trabalhar para aumentar a sua própria produção de armas em 2024.
Zelensky defende que a Ucrânia deve produzir todas as armas necessárias para garantir a proteção contra a ofensiva russa.
c/agências