EUA: Atividade continua a crescer em maio e antecipa novo trimestre de forte crescimento

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Os PMI para os EUA ficaram todos em zona de expansão da atividade (acima de 50), mantendo um mercado laboral forte e uma inflação contida apesar das pressões nestes dois aspetos da economia.

A atividade económica nos EUA avançou ao ritmo mais expressivo dos últimos dois anos este maio, com a produção da maior economia do mundo a atingir o 16º mês consecutivo de crescimento, ajudando o país a atingir uma situação de expansão tanto do lado dos serviços, como da indústria.

O índice de gestores de compras (PMI) para a economia norte-americana voltou a subir, registando máximos de 25 meses, ou seja, desde abril de 2022, ao chegar a 54,4 em maio. É uma subida de 3,1 pontos, o ganho mensal mais expressivo em 15 meses, e que deixa o indicador de mercado bastante acima da projeção de mercado de 51,1.

O sector dos serviços registou o maior avanço do último ano, chegando a 54,8 após os 51,3 do mês anterior; já do lado da indústria, a produção voltou a subir para 52,4 (havia ficado em 51,1 em abril), enquanto o subindicador referente ao sector como um todo avançou para 50,9.

“A economia norte-americana voltou a acelerar após dois meses de crescimento mais fraco, com os dados dos PMI a sinalizarem a maior expansão em pouco mais de dois anos”, refere Chris Williamson, economista chefe da unidade de pesquisa de mercado da S&P Global.

Estes dados deixam antever mais um trimestre de crescimento sólido, acrescenta o representante da S&P. O mercado de trabalho, que vinha mantendo uma rigidez historicamente elevada há alguns trimestres, começa a dar sinais de abrandamento, mas maio registou um alívio na tendência de descida do emprego, um cenário em linha com a ligeira diminuição da confiança dos empresários e com a descida no volume de encomendas.

Esta perda de confiança é motivada sobretudo pela incerteza em torno da situação política, com o país a cerca de meio ano de uma eleição altamente polarizadora e incerta, da política monetária, que tem dado sinais de se manter restritiva por mais tempo do que o esperado, e pelas tensões geopolíticas globais. Ainda assim, em relação a abril, a confiança das empresas melhorou ligeiramente, abandonando em maio os mínimos de cinco meses registados no mês anterior.

Tal como na zona euro, as pressões inflacionistas nos consumos intermédios voltaram a subir, mas a sua transmissão aos preços de venda tem sido limitada. Esta pressão nos custos é mais visível do lado da indústria, embora ambos os sectores considerados mantenham uma inflação abaixo da média do último ano.

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