EUA descartam missão de paz da ONU por afetar eliminação do Hamas

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"A incorporação de forças de segurança adicionais poderia potencialmente colocar essa tarefa em risco", justificou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, em conferência de imprensa, comentando o apelo hoje feito pelos países da Liga Árabe para o envio de uma força de manutenção de paz das Nações Unidas para os territórios ocupados por Israel até à criação de um Estado palestiniano.

A Declaração do Bahrein, saída hoje da cimeira da organização, exorta ainda os países a "tomarem medidas imediatas e a comunicarem com os seus homólogos de todo o mundo para os instar a reconhecerem rapidamente o Estado da Palestina".

Em reação, o porta-voz do Departamento de Estado referiu que a administração do Presidente norte-americano, Joe Biden, tem mantido conversações com países da região sobre possíveis cenários "pós-guerra" entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

"Muitos parceiros, dentro e fora do mundo árabe, partilharam a nossa preocupação e manifestaram a sua vontade de desempenhar um papel construtivo", afirmou.

No entanto, advertiu que primeiro o conflito deve acabar, através de um cessar-fogo e da libertação dos reféns em posse do Hamas.

"Precisamos de mais ajuda humanitária e precisamos desse espaço para que a diplomacia possa ocorrer", explicou Patel.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou acima de 35 mil mortes, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas, e deixou o enclave numa situação de grave crise humanitária.

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