EUA e Reino Unido realizam novos ataques contra posições dos rebeldes Huthis no Iémen

7 meses atrás 66

Reuters

As forças norte-americanas e britânicas confirmaram hoje à noite novos ataques contra o Huthis no Iémen, que visaram oito posições dos rebeldes que continuam as suas ofensivas contra o tráfego marítimo, em particular no mar Vermelho.

"Os ataques de hoje visaram especificamente um local de armazenamento subterrâneo dos Huthis e locais de mísseis e vigilância aérea dos Huthis", explicaram estas forças, em comunicado conjunto.

Antes, a agência de notícias dos rebeldes Huthis já tinha denunciado novos ataques desta coligação Ocidental.

"As forças anglo-americanas estão a lançar ataques à capital Saná e a várias províncias" do país, adiantou a Saba, num breve comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).

Segundo o canal Huthis, al-Masirah, quatro ataques tiveram como alvo a base militar Al-Dailami, localizada a norte da capital Saná, sob controlo rebelde.

Os Huthis, um movimento próximo do Irão e que apoia o Hamas palestiniano no seu conflito contra Israel, assumiram hoje a responsabilidade por um ataque contra um navio militar norte-americano ao largo da costa do Iémen.

As forças Huthis "realizaram uma operação militar visando o cargueiro militar americano Ocean Jazz no Golfo de Aden (...) utilizando mísseis", referiu o porta-voz militar do movimento, Yahya Saree.

Questionado pela AFP, fonte do Departamento de Defesa norte-americano afirmou "não ter visto nada parecido" e descreveu a informação como falsa.

Desde meados de novembro que os Huthis dispararam numerosos mísseis e `drones` contra navios que consideram ligados a Israel, alegando assim agir em solidariedade com os palestinianos na Faixa de Gaza.

Estes ataques perturbaram o tráfego nesta área marítima fundamental para o comércio mundial e levaram os Estados Unidos a atacar repetidamente posições Huthis. Washington voltou mesmo a colocar este movimento na sua lista de entidades terroristas.

Os rebeldes repetiram hoje que vão continuar a "impedir que os navios israelitas" cruzem o mar Vermelho e o golfo de Aden até ao fim da guerra em Gaza, e a "responder a qualquer ataque" contra o Iémen.

O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.

Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas pelo menos 25.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 63.000, também maioritariamente civis.

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