EUA enviam 157 milhões de euros para impedir migração da Guatemala

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A Casa Branca, num comunicado, detalhou que serão enviados mais de 157 milhões de euros à assistência económica, à saúde, ao desenvolvimento e à segurança.

Esses fundos, segundo a nota, estão "sujeitos à aprovação do Congresso".

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, e o presidente guatemalteco, Bernardo Arévalo, vão reunir-se hoje Casa Branca para abordar as causas que impulsionam a migração irregular da América Central para os Estados Unidos.

No comunicado, a Casa Branca avança alguns dos anúncios que serão feitos, entre os quais os fundos que irão para iniciativas como "Guatemala se Transforma", um acordo de colaboração entre as instituições de segurança e justiça do país centro-americano e a Agência de Assuntos Internacionais de Narcóticos e Aplicação da Lei (INL, sigla em inglês) do Departamento de Estado.

A reunião de hoje na Casa Branca é a primeira de Arévalo nos Estados Unidos como presidente e tem importância simbólica ao mostrar o apoio de Washington à democracia na Guatemala, após alguns atores estatais guatemaltecos, incluindo a então procuradora-geral Consuelo Porras, terem tentado impedir que Arévalo tomasse posse em janeiro.

Harris e Arévalo discutirão novas iniciativas para travar os fatores que incentivam a migração irregular e formas de melhorar a segurança dos cidadãos, garantir o respeito pelos direitos humanos e laborais, combater a violência de género e gerar mais oportunidades económicas.

Durante a visita, também participarão num encontro com líderes governamentais, empresariais e da sociedade civil no âmbito da "Centroamérica Adelante (América Central Em Frente)", uma aliança público-privada promovida por Washington que mobilizou mais de 4.200 milhões de dólares (3.800 milhões de euros) em investimentos privados para a América Central.

O novo Governo da Guatemala, liderado por Arévalo, acolherá uma reunião regional de ministros sobre migração em abril para coordenar uma resposta aos elevados fluxos migratórios do continente.

No ano fiscal de 2023, foram registadas mais de 2,4 milhões de detenções de migrantes na fronteira sul dos Estados Unidos, um número recorde.

A migração tornou-se uma das questões mais importantes nas eleições presidenciais dos EUA, que acontecem em novembro próximo, nas quais o presidente norte-americano, Joe Biden, tentará a reeleição contra o antigo chefe de Estado Donald Trump.

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