EUA felicitam novo Presidente indonésio acusado de violar direitos humanos

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Os Estados Unidos felicitaram hoje o Presidente eleito da Indonésia, Prabowo Subianto, afirmando esperar estabelecer "uma parceria estreita" entre os dois países após a posse, em outubro.

"Apresentamos as nossas sinceras felicitações ao Presidente eleito da Indonésia, Prabowo Subianto, pela sua vitória e, mais uma vez, aplaudimos o povo indonésio pela sua forte afluência às urnas e pelo seu empenhamento na democracia e no Estado de Direito", afirmou o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, num comunicado divulgado pelo Departamento de Estado.

Na nota, o governante assinala que os EUA e a Indonésia "estão a celebrar 75 anos de relações diplomáticas baseadas na democracia e no pluralismo".

"Como parceiros e amigos próximos no âmbito da nossa Parceria Estratégica Global, estamos a trabalhar lado a lado para proporcionar um futuro melhor aos nossos cidadãos. Aguardamos com expectativa a possibilidade de estabelecer uma parceria estreita com o Presidente eleito Subianto e a sua administração quando tomarem posse em outubro", refere Blinken.

A Comissão Geral de Eleições da Indonésia (KPU) declarou oficialmente o ministro da Defesa, Prabowo Subianto, como o novo Presidente eleito, depois de ter obtido mais de 58% dos votos nas eleições realizadas em 14 de fevereiro.

A candidatura de Prabowo, genro do antigo ditador Hadji Mohamed Suharto, e de Gibran Rakabuming Raka, filho mais velho do Presidente cessante, Joko Widodo, para o cargo de vice-presidente, obteve mais de 92 milhões de votos.

Os dois tomarão posse em outubro, indicou o KPU, segundo a imprensa indonésia.

O governador de Jacarta, Anies Baswedan, ficou em segundo lugar, com pouco menos de 25% dos votos, enquanto o antigo governador de Java Central, Ganjar Pranowo, obteve 16,5% dos votos.

Os candidatos derrotados já anunciaram a intenção de recorrer dos resultados das eleições e têm três dias para fazê-lo.

A eleição foi marcada pela polémica: o controverso ex-general é acusado de violar direitos humanos e de abuso contra civis, nomeadamente em Timor-Leste, enquanto esteve no exército, e numerosos protestos denunciaram uma suposta fraude eleitoral.

Por outro lado, os seus adversários alegaram que Prabowo recebeu apoio não oficial do Presidente cessante.

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