EUA impõem novas sanções a rede iraniana de financiamento dos Huthis

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Num comunicado, o Departamento do Tesouro norte-americano identifica o sancionado como Nabil Al Hadha, presidente da Associação de Casas de Câmbio nas áreas controladas pelos Huthis em Saná.

As casas de câmbio al-Aman, da Turquia, e Nabco e al_Rawda, do Iémen, são as três empresas visadas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Segundo Washington, a pessoa e as empresas sancionadas são acusadas de terem intermediado a transferência de "milhões de dólares" da Guarda Revolucionária Iraniana para contas correntes controladas pelos Huthis.

As sanções hoje anunciadas são uma continuação das impostas a 07 deste mês contra 13 indivíduos e entidades da mesma rede, alegadamente liderada por Sa`id al-Jamal, um financiador da etnia Huthi que tem a sede das suas empresas no Irão.

As sanções de Washington implicam o bloqueio de qualquer propriedade que possam possuir nos Estados Unidos e a proibição de transações com cidadãos ou instituições financeiras norte-americanas e internacionais.

"A ação de hoje sublinha a nossa determinação em restringir o fluxo ilícito de fundos para os Huthis, que continuam a levar a cabo ataques perigosos contra a navegação internacional e ameaçam desestabilizar ainda mais a região [do Médio Oriente]", afirmou o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Informações Financeiras, Brian E. Nelson, no comunicado.

Após o início da ofensiva israelita em Gaza, os Huthis lançaram várias barragens de mísseis e `drones` (aeronaves não tripuladas) contra o sul de Israel e também contra navios de bandeira do Estado judaico ou que são propriedade de empresas israelitas no Mar Vermelho e no estreito de Bab al Mandeb, que liga aquele mar ao Golfo de Aden.

Em consequência, vários grupos de transporte marítimo anunciaram que estão a suspender temporariamente as respetivas operações no Mar Vermelho.

Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram uma coligação militar para combater os ataques dos Huthis na zona.

O conflito armado no Iémen começou em 2014, quando os rebeldes Huthis ocuparam Saná e outras províncias do país. Os combates intensificaram-se com a intervenção da coligação árabe apoiada pelos Estados Unidos em março de 2015.

A guerra matou 130.000 pessoas no Iémen - tanto civis como combatentes - e exacerbou a fome e a miséria em todo o país.

O conflito no Iémen é considerado pela ONU como a maior tragédia humanitária do planeta, atualmente, com 80% da população do país a necessitar de algum tipo de assistência para colmatar as suas necessidades básicas.

Localizado no Médio Oriente, junto ao Mar Arábico, Golfo de Aden e Mar Vermelho, e com fronteiras com Omã e a Arábia Saudita, o Iémen tem uma população de cerca de 33 milhões de pessoas.

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