EUA impõem sanções visando receitas para rebeldes Huthis

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"Os Estados Unidos estão hoje a impor sanções a dois armadores e a identificar dois navios como propriedade bloqueada pelo seu papel no transporte de mercadorias em nome de Sa'id al-Jamal, um grupo financeiro facilitador dos Huthis baseado no Irão e apoiado pela Força Qods da Guarda Revolucionária Islâmica", indica um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.

Segundo a diplomacia de Washington, as receitas geradas através da rede de al-Jamal "apoiam os esforços dos militantes Huthis, incluindo ataques contínuos ao comércio marítimo internacional no mar Vermelho e no golfo de Aden".

O Departamento de Estado observa que "as consequências destes ataques são sentidas muito além da região", avisando que os Estados Unidos "continuarão a utilizar todas as medidas disponíveis para perturbar os fluxos de financiamento que permitem estas atividades desestabilizadoras".

As novas sanções das autoridades norte-americanas surgem no dia em que um ataque atribuído aos rebeldes iemenitas Huthis a um navio comercial no Golfo de Aden causou duas mortes e forçou a tripulação a abandonar a embarcação, segundo fontes militares norte-americanas citadas pela Associated Press (AP).

De acordo com um oficial da defesa dos Estados Unidos, que falou sob anonimato, a extensão dos danos no navio permanece incerta, mas a tripulação fugiu e mobilizou botes salva-vidas, sinalizando um incidente grave.

Caso se confirme será o primeiro ataque com vítimas mortais da campanha de agressões iniciada pelos rebeldes xiitas iemenitas na sequência da ofensiva de Israel contra o grupo islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

Os rebeldes Huthis, próximos do Irão, atacam desde novembro, no mar Vermelho e no golfo de Aden, navios comerciais que consideram estar ligados a Israel, alegando solidariedade com os palestinianos no contexto da guerra na Faixa de Gaza, onde Israel combate o movimento islamita palestiniano Hamas.

Desde que os Estados Unidos criaram uma força multinacional de proteção marítima e atacaram as suas posições no Iémen, por vezes com a ajuda do Reino Unido, os rebeldes iemenitas têm também como alvo navios norte-americanos e britânicos.

Na terça-feira, o exército dos Estados Unidos afirmou ter abatido um míssil rebelde e três 'drones' (aparelhos não tripulados) que visavam um contratorpedeiro da Marinha norte-americana no Mar Vermelho.

No dia anterior, os Huthis atacaram um navio porta-contentores pertencente ao armador italo-suíço MSC, alegando que se tratava de um navio israelita.

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