O índice de gastos pessoais de consumo (PCE) avançou 0,17% em cadeia, a sexta vez nas últimas sete leituras que fica em torno dos 0,2%, o que dá confiança à Reserva Federal que a luta contra a inflação está ganha.
A inflação nos EUA continua a aproximar-se do objetivo de 2% da Reserva Federal, de acordo com os dados do índice de gastos pessoais de consumo (PCE) em dezembro, que se manteve na mesma taxa que havia sido registada no mês anterior.
O indicador de referência da Reserva Federal para a inflação manteve-se inalterado nos 2,6% em termos homólogos em dezembro, avançando 0,2% em cadeia. Já o indicador subjacente, que ignora as categorias mais voláteis da energia e dos bens alimentares, ficou em 2,9% na comparação com igual período do ano passado, subindo 0,2%.
O banco ING destaca que a taxa em cadeia fica pela sexta vez nos últimos sete meses em torno de 0,2% (0,17% no detalhe), o que é “precisamente o valor necessário para fazer a inflação [homóloga] voltar a 2%” no médio prazo. Como tal, a Fed deve encarar a luta contra a pressão nos preços como concluída e “as taxas não têm de ser tão restritivas”, embora o banco neerlandês não acredite em cortes dos juros antes de maio.
Os números ficaram em linha com o esperado pelo mercado, dando novo sinal de que a pressão nos preços acalmou no final do ano passado, tal como havia mostrado o índice de preços no consumidor (IPC). Em dezembro, a taxa de inflação medida por este indicador ficou em 3,1% em termos homólogos, com 4% de inflação core.
Noutra dimensão do relatório do Departamento do Trabalho, divulgado esta sexta-feira, pode ver-se que os gastos das famílias aceleraram em dezembro, subindo 0,7% em cadeia depois dos 0,4% de novembro.
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