EUA lideram coligação contra a desinformação de governos estrangeiros

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A nova coligação entre EUA, Reino Unido e Canadá pretende angariar mais membros e desenvolver esforços de combate às campanhas de desinformação orquestradas por governos estrangeiros. James Rubin, do Global Engagement Center (GEC) dos EUA, conta que a coligação espera chegar a acordo acerca das “definições de manipulação de informação versus opiniões antigas que os outros governos possam ter, mesmo que não concordemos com elas”.

O foco do GEC vai ser nos países estrangeiros e vai tentar desenvolver estratégias globais que permitam expor as operações de desinformação cobertas, com a que a Rússia teve em África para desacreditar os serviços de saúde americanos.

“Agora é o tempo para uma abordagem coletiva à ameaça estrangeira de manipulação da informação com uma coligação que junta países que pensam de forma semelhante e estamos comprometidos para aumentar a resiliência e a resposta à manipulação da informação”, lê-se no documento que dá origem ao grupo. Segundo o The Guardian, o texto encoraja ainda a partilha de informações e a utilização de ferramentas de análise conjunta para identificar estas campanhas.

O primeiro ano de trabalho de Rubin nesta iniciativa já passou e o especialista conta que foi intelectualmente desafiante tentar conseguir todas as definições de conceitos. “Queremos promover mais informação baseada em factos, mas, ao mesmo tempo, encontrar formas de categorizar estas operações de informação geradas pelo governo chinês ou pelo Kremlin, mesmo que estes não o admitam”, diz Rubin, explicitando que “não estamos a pedir que essas operações de desinformação dissimuladas sejam removidas, mas que haja uma forma de categorizar esse conteúdo”.

O especialista dá o exemplo de uma mensagem que diga que “os EUA têm armas biológicas na Ucrânia” como sendo “uma clássica desinformação em que podemos acreditar ou não. Mas se a mensagem disser que ‘Rússia diz que os EUA têm armas biológicas na Ucrânia’ o impacto será menor. “Haverá sempre pessoas dispostas a acreditar em tudo, mas ao menos desta forma sabem de onde vem a informação”, clarifica Rubin.

A coligação deve continuar os seus trabalhos e tentar angariar mais membros, no sentido de desenvolver um esforço mais globalizado.

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