EUA pedem à China que liberte ativista Ilham Tohti

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"A sua condenação à prisão perpétua demonstra os esforços da República Popular da China para silenciar aqueles que têm a coragem de se manifestar contra práticas discriminatórias do governo e outras violações dos direitos humanos, incluindo o genocídio e os crimes contra a humanidade na região de Xinjiang", afirmou um comunicado do Departamento de Estado norte-americano.

Lembrando que na segunda-feira se assinalou o décimo ano desde a detenção do ativista, os EUA afirmaram que "Tohti continua detido simplesmente por defender os direitos dos uigures e de outros grupos minoritários na República Popular da China".

Tohti, que era professor de Teoria Económica no Centro Minzu da Universidade de Pequim, foi detido em casa. A polícia confiscou-lhe o computador, telefones e os trabalhos dos alunos. O ativista foi acusado de separatismo, com base em publicações que fez no seu site Uighur Online e em conteúdos das suas aulas.

Em 2009, a capital do Xinjiang, Urumqi, no extremo oeste da China, foi palco dos mais violentos conflitos étnicos registados nas últimas décadas no país, entre os uigures e a maioria han, predominante em cargos de poder político e empresarial regional.

Em resposta, Pequim impôs "severas" restrições à minoria étnica chinesa de origem muçulmana, incluindo através da detenção de cerca de dois milhões de uigures em campos de doutrinação, segundo organizações de defesa dos direitos humanos.

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