EUA respondem a Israel que retenção de armas não põe apoio em causa

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A garantia foi dada pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, numa conferência de imprensa em Washington em que adiantou que, embora o carregamento de armas continue "a ser revisto", não há qualquer alteração ao apoio demonstrado ao Governo israelita liderado por Benjamin Netanyahu.

"O resto continua no bom caminho, com o objetivo de garantir que Israel tem o que precisa para se defender contra a multiplicidade de desafios", disse o chefe da diplomacia norte-americana, ladeado pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, que iniciou segunda-feira uma viagem aos Estados Unidos e ao Canadá.

O Governo norte-americano suspendeu o envio de 3.500 bombas para Israel no início de maio, preocupado com a sua possível utilização em zonas densamente povoadas na Faixa de Gaza, cenário de um conflito entre Telavive e o grupo islamita palestiniano Hamas há mais de oito meses. Um dos focos da preocupação norte-americana é Rafah, a parte mais a sul de Gaza e que faz fronteira com o Egito.

Hoje, Netanyahu considerou "inconcebível" que Washington tenha retido certos carregamentos de armas e munições para Israel nos últimos meses e manifestou a esperança de que isso mude em breve.

"Blinken garantiu-me que o seu Governo está a trabalhar sem parar para remover estes obstáculos. Espero sinceramente que seja esse o caso. Espero que seja esse o caso e que assim seja", afirmou Netanyahu numa mensagem de vídeo em inglês, em que sublinhou que, com as ferramentas necessárias, será possível concluir "o trabalho muito mais rapidamente".

"Desde o primeiro dia que estamos a tentar pressionar Israel para que faça tudo o que for possível para evitar vítimas civis (...). Sem tentar justificar qualquer tipo de ataque aéreo, é extremamente difícil", acrescentou Blinken.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.

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