Europeus apresentam à AIEA resolução a condenar escalada nuclear iraniana

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"O texto foi formalmente apresentado" ao fim da tarde, disse uma fonte diplomática à AFP, com uma segunda fonte a confirmar a informação.

Após 18 meses de inércia diplomática, os europeus decidiram, apesar das reticências americanas, apresentar a resolução ao Conselho de Governadores da AIEA, reunidos em Viena, na Áustria.

Para justificar esta primeira resolução desde novembro de 2022, Londres, Paris e Berlim (E3) invocaram "a urgência de reagir à gravidade da situação", segundo os diplomatas.

A AFP refere que, embora Teerão negue que queira adquirir a bomba, o seu programa está a ganhar força.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atómica, é o único Estado não detentor de armas nucleares a enriquecer urânio até ao nível de 60% e a acumular reservas cada vez maiores.

Este nível está próximo dos 90% necessários para fabricar uma bomba e muito acima do limite máximo autorizado de 3,67%, o equivalente ao que é utilizado para produzir eletricidade.

No primeiro dia da reunião, o diretor-geral do organismo das Nações Unidas, Rafael Grossi, reiterou as suas "preocupações", referindo-se às "deficiências" no controlo das atividades nucleares em resultado da forte restrição das inspeções desde 2021.

Também descreveu como "inaceitáveis" as recentes declarações públicas de responsáveis iranianos sobre uma possível mudança na doutrina nuclear do país para uma abordagem abertamente militar.

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