Carlos Tavares apelou assim que os partidos políticos aproveitem o período de estabilidade macroeconómica que Portugal vive para “um novo impulso reformador definitivo. Quem tiver a responsabilidade de conduzir o país dentro de algum tempo tem a obrigação de não desperdiçar esta oportunidade”.
O próximo Governo deverá aproveitar a estabilidade macroeconómica para proceder a reformas estruturais que possam catapultar a economia. A convicção foi deixada por Carlos Tavares, ex-ministro da Economia e atual presidente da Caixa Económica Montepio Geral, que também que liderou os destinos da CMVM entre 2005 e 2016.
A mensagem foi deixada este sábado na Fundação AEP, no Porto, no âmbito da apresentação do livro “Um Caminho para Portugal – Uma Política económica integrada para a Produtividade, Inovação e Crescimento’, da autoria de Carlos Tavares e Sara Monteiro.
Considera o antigo governante que “o aumento da produtividade só pode ser conseguido com um esforço persistente de investimento e inovação’, refere Carlos Tavares no livro escrito em coautoria com.
Nesta obra, Carlos Tavares e Sara Monteiro avançam com “dez grandes reformas, cinco prioridades, 50 áreas concretas de atuação”: “Estamos desfasados dos nossos parceiros comunitários e o pior que nos podia acontecer era pensar, fruto de alguns resultados conjunturalmente mais favoráveis, que fizemos o trabalho, mas ele está todo por fazer”, sublinhou.
As 10 “reformas estruturais” referidas no livro são: reforma da Administração Pública, reforma da Segurança Social e do seu modelo de financiamento, reforma fiscal com mecanismos de estabilidade, reforma orçamental, reforma da regulamentação de mercados e produtos (“better regulation”) e da política de concorrência, reforma da justiça económica, reforma do sistema nacional de inovação, incluindo um novo modelo de captação do investimento direto estrangeiro, reforma do sistema de supervisão e regulação financeira, programa de reestruturação e recapitalização das PME e reforma dos sistemas de educação e saúde.
Carlos Tavares apelou assim que os partidos políticos aproveitem o período de estabilidade macroeconómica que Portugal vive para “um novo impulso reformador definitivo. Quem tiver a responsabilidade de conduzir o país dentro de algum tempo tem a obrigação de não desperdiçar esta oportunidade”.