Ex-presidente iraniano apoia reformista nas eleições presidenciais

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"Este pequeno servo de Deus, que quer o bem e o progresso do país, o orgulho da nação, a grandeza e o fortalecimento da sociedade, considera justificado participar nas eleições nesta fase e votará em Pezeshkian", disse Khatami num vídeo publicado nas redes sociais.

O primeiro presidente reformista -- que lidera um bloco que apoia a abertura do país -- disse que o Irão precisa de "mudanças baseadas na crença na dignidade humana", face à crise atual.

Afirmou também que não votou nas eleições de 2021, nas quais o vencedor foi o falecido Ebrahim Raisi, depois de os candidatos reformistas terem sido desqualificados pelo Conselho dos Guardiães, um órgão que veta os adversários políticos.

Este órgão de juristas permitiu agora que Pezeshkian concorresse contra cinco conservadores, incluindo o líder Mohamad Baqer Qalibaf e o ultraconservador Saeed Jalilim, que lidera as sondagens juntamente com o reformista.

Pezeshkian, um médico de 69 anos, apresentou o seu hipotético governo como um "terceiro mandato" de Khatami, o primeiro presidente reformista que promoveu alguma abertura no Irão, e comprometeu-se a melhorar as relações com o Ocidente e criticou a política do véu, de uso obrigatório para as mulheres no país.

Conta também na sua equipa com 'pesos pesados' do bloco reformista, como Mohamed Yavad Zarif, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros do antigo Presidente Hasan Rohani (2013-2021).

No entanto, entre os eleitores, reina o ceticismo e a apatia, no meio de uma economia em crise, afetada por uma inflação de 40% e um rial (moeda local) desvalorizado.

O líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, apelou hoje ao voto nas eleições presidenciais de sexta-feira para "derrotar o inimigo".

As eleições parlamentares de março registaram a taxa de participação mais baixa dos últimos 45 anos da República Islâmica, quando apenas 41% do eleitorado foi às urnas, enquanto 48% votaram nas presidenciais de 2021. 

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