As Forças de Defesa de Israel (IDF) "estão num estado de prontidão muito elevado em todas as áreas, na defesa e no ataque. Estamos altamente preparados para qualquer cenário. A coisa mais importante a dizer esta noite é que estamos focados e continuamos focados na luta contra o Hamas", disse o porta-voz das IDF, Daniel Hagari.
O Hamas confirmou no seu canal oficial, Al-Aqsa TV, o ataque que provocou a morte de al-Arouri, vice-presidente do gabinete político do movimento islamita palestiniano, e de pelo menos mais seis militantes, incluindo os guarda-costas do dirigente.
O ataque fez aumentar os receios no mundo árabe e na comunidade internacional sobre o risco de alastramento do conflito a outras regiões do Médio Oriente.
O Presidente de França, Emmanuel Macron, sublinhou na terça-feira "que é essencial evitar qualquer atitude de escalada, especialmente no Líbano, e que a França continuará a transmitir estas mensagens a todos os atores direta ou indiretamente envolvidos na área".
Num comunicado, o Eliseu, a presidência francesa, disse que Macron teve uma conversa telefónica com o líder da oposição de Israel e membro do governo de emergência, Benny Gantz.
O chefe de Estado francês também expressou "profunda preocupação com o número muito elevado de mortes de civis e com a situação de emergência humanitária absoluta" na Faixa de Gaza.
O Presidente francês lembrou "o imperativo de Israel" de proteger os civis e sublinhou a "urgência" de entregar ajuda humanitária à população de Gaza, ao mesmo tempo que defendeu "um cessar-fogo duradouro, com a ajuda de todos os parceiros regionais e internacionais".
O ataque que matou al-Arouri teve como alvo o escritório do Hamas nos subúrbios, a sul da capital libanesa, reduto do movimento xiita Hezbollah, aliado do Hamas.
Al-Arouri foi um dos principais negociadores do Hamas na libertação dos reféns feitos pelo grupo no ataque contra Israel em 07 de outubro.
Esta foi a primeira vez desde o início da atual guerra na Faixa de Gaza que Israel ataca a capital libanesa.
Os confrontos entre o exército israelita e o Hezbollah estavam até então limitados às zonas fronteiriças no sul do Líbano.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, avisou na terça-feira, na rede social X, que "este novo crime israelita visa arrastar o Líbano para uma nova fase de confrontos".
Também na terça-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão condenou o ataque e avisou que a morte de al-Arouri "motivará ainda mais a luta contra Israel", "não apenas na Palestina, mas na região e entre todos os defensores da liberdade em todo o mundo".
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