Exército dos Estados Unidos destrói sete radares dos rebeldes Houthis no Iémen

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O Comando Central do exército dos EUA (Centcom), responsável pelo Médio Oriente, disse na sexta-feira à noite que os radares, situados em território controlado pelo Huthis, permitiam aos rebeldes atingir "navios e pôr em perigo a navegação comercial".

Num comunicado, o Centcom disse que, nas 24 horas anteriores, as forças armadas norte-americanas destruíram não só sete radares como também dois barcos não tripulados carregados de explosivos e um drone dos Houthis.

Os rebeldes, que controlam a capital do Iémen, Sanaa, e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015, não confirmaram estes ataques nem quaisquer perdas militares.

Horas antes, a agência de segurança marítima UKMTO, que está sob a tutela do exército do Reino Unido, disse que a tripulação do MV Tutor foi retirada por militares do navio, danificado na quarta-feira por um ataque dos Houthis no mar Vermelho.

O Centcom confirmou que "a tripulação abandonou a embarcação e foi resgatada pelo [navio de guerra norte-americano] USS Philippine Sea e forças parceiras", com exceção de um marinheiro, que continua desaparecido após o ataque dos rebeldes.

O exército dos Estados Unidos disse ainda que o MV Tutor, um cargueiro com bandeira da Libéria e operado por uma empresa da Grécia, "permanece no Mar Vermelho e está lentamente" a afundar-se.

Os Houthisdisseram na quinta-feira que atacaram três navios nas 24 horas anteriores, "em retaliação pelos crimes cometidos contra o nosso povo na Faixa de Gaza e em resposta à agressão EUA-Reino Unido contra o nosso país".

Desde novembro que os rebeldes lançaram dezenas de ataques com drones e mísseis contra navios no mar Vermelho e no golfo de Aden, perturbando o comércio marítimo global nesta área estratégica.

Aliados do Irão, os Houthis do Iémen dizem estar a agir em solidariedade com os palestinianos no contexto da ofensiva iniciada em outubro por Israel contra o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza.

Confrontados com os ataques, os Estados Unidos, apoiantes de Israel, criaram uma força multinacional em dezembro para proteger a navegação no mar Vermelho e lançaram ataques contra os rebeldes no Iémen em janeiro, com a ajuda do Reino Unido.

Mas os ataques não dissuadiram os Houthis, que passaram a apontar como alvos navios ligados a Israel, bem como navios norte-americanos e britânicos.

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