Expansão da Portela rende ao Estado mais 500 milhões em receita

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Aumento da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, decidida pelo Governo para aguentar o turismo até Alcochete estar pronto, representa mais receita pela concessão. Mas não está claro se o Estado admite abdicar parte dela para compensar o investimento da ANA.

O Estado deverá receber mais 500 milhões de euros da ANA, até 2062, com o aumento da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, que foi anunciado na terça-feira. As contas foram feitas pelo Jornal Económico com base no esperado aumento de 30% no número de passageiros que passarão pela Portela, na sequência das obras de alargamento que deverão estar concluídas durante os próximos anos. Com o aumento do tráfego, crescerão também as receitas provenientes das taxas aeroportuárias cobradas pela ANA, incluindo da parte que cabe ao Estado.

Nos últimos dias, vários analistas têm referido que o Estado poderá abdicar de parte deste “bolo” para ajudar a financiar a construção do novo aeroporto de Alcochete, que deverá substituir o da Portela algures na próxima década. Mas até ao fecho da edição não foi possível confirmar se este cenário está em cima da mesa nas negociações que o Governo vai realizar com a ANA, detida pelo gigante francês Vinci. O ministro da tutela, Miguel Pinto Luz, acredita que a construção do novo aeroporto pode ser feita pela ANA “sem aporte do OE” e sem renegociar o contrato de concessão.

O reforço da Portela, que visa aumentar a capacidade do aeroporto para um máximo de 45 milhões de passageiros/ano, não será fácil, uma vez que a ANA está desde já a sentir dificuldades para executar o primeiro conjunto de obras de ampliação decidido pelo anterior executivo em dezembro.

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