Expectativas dos consumidores para inflação na zona euro sobem ligeiramente para 3,3%

6 meses atrás 58

É uma subida marginal em relação aos 3,2% projetados em dezembro, mas que dão sinais de que a inflação pode ser mais persistente e difícil de controlar do que se pensava.

Os consumidores europeus antecipam uma inflação de 3,3% no bloco da moeda única em 2025, uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais (p.p.) que, apesar de reduzida, sinaliza mais uma vez que a inflação pode ser mais persistente do que mercados e analistas têm estimado.

O inquérito aos consumidores do Banco Central Europeu (BCE) de janeiro aponta para uma subida marginal em relação a dezembro da projeção das famílias da zona euro para o indicador de preços em 2025, ainda que as expectativas de médio prazo (neste caso, a três anos) se tenham mantido estáveis em 2,5%. É um valor que fica, ainda assim, 0,5 p.p. acima do objetivo do BCE de 2%.

Também o crescimento foi atualizado em ligeira alta, embora permanecendo em terreno negativo. A mediana das projeções das famílias europeias subiu de -1,3% para -1,1%, mantendo um pessimismo quanto à evolução da atividade na zona euro apesar de o sentimento ser bem diferente na vertente laboral: os desempregados da moeda única estimam agora uma probabilidade de 30,5% de encontrarem emprego nos próximos três meses, uma melhoria clara em relação aos 27,6% registados em outubro; já a probabilidade de perder o emprego no mesmo intervalo caiu de 9,0% para 8,0%.

Quanto ao desemprego, a percepção das famílias europeias manteve-se relativamente estável, esperando agora uma taxa de 10,9%, ou seja, ligeiramente abaixo dos 11,2% projetados em dezembro.

A expectativa quanto a subidas salariais manteve-se estável em 1,2%, mas as de consumo recuaram novamente e até mínimos de outubro de 2022, esperando-se agora uma subida de apenas 6,6% (na leitura de dezembro estava em 6,8%).

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