Experis diz que 65% da força de trabalho acredita no impacto positivo da IA no futuro do trabalho

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Este é um estudo lançado pelo ManpowerGroup a propósito do impacto da IA no mercado de trabalho e que enumera as principais estratégias para uma implementação desta tecnologia nas empresas que seja centrada nas pessoas.

Segundo o mais recente estudo lançado pela Experis “Global Insights Whitepaper – Construir uma Estratégia Centrada nas Pessoas para a Produtividade Impulsionada por IA”, 65% da força de trabalho, em todos os níveis hierárquicos, acredita no impacto positivo da IA no futuro do trabalho.

Este é um estudo lançado pelo ManpowerGroup a propósito do impacto da IA no mercado de trabalho e que enumera as principais estratégias para uma implementação desta tecnologia nas empresas que seja centrada nas pessoas.

“A Inteligência Artificial (IA) está a transformar o mercado de trabalho a uma velocidade sem precedentes, impactando significativamente a dinâmica empresarial e as competências necessárias para os profissionais se manterem competitivos”, refere a Experis do Manpower Group.

Do lado das empresas, os líderes, tanto a nível nacional como globalmente, projetam que essas tecnologias impulsionarão o desempenho das suas empresas até 2026. Atualmente, já cerca de metade das empresas a nível global (48%) utiliza ferramentas de IA, sendo que, em Portugal, este valor é de 41%.

Nuno Ferro, Brand Leader da Experis diz que de uma maneira geral, “os empregadores já estão a incluir na sua estratégia a implementação de tecnologias de IA nos próximos anos”.

“Cada vez mais, os líderes apercebem-se do papel fundamental que a IA está a desempenhar, por exemplo, na automação dos processos e na otimização da produtividade”, mas “para assegurar uma transição eficaz, é crucial que desenvolvam estratégias concretas para que a introdução de IA no trabalho seja inclusiva e centrada nas pessoas, o que envolve não só a implementação de tecnologias avançadas, mas também a capacitação dos colaboradores para entender e utilizar essas ferramentas de forma eficaz”.

“O futuro do trabalho já se está a desdobrar diante de todos nós, e a capacidade de nos adaptarmos a essas mudanças será um diferencial competitivo crucial”, afirma Nuno Ferro.

Neste sentido, a Experis apresenta as principais estratégias para uma implementação de IA nas empresas que seja centrada nas pessoas.

A consultora defende que é preciso escolher implementações que façam sentido para o negócio e trabalhar com os parceiros certos

A adoção estratégica de tecnologias baseadas em IA é hoje imprescindível. “Um primeiro passo nesse sentido passa por quebrar silos e trazer as questões tecnológicas para as reuniões de liderança, em vez de as deixar restritas ao departamento de Tecnologias de Informação (TI)”.

Para além disso, é igualmente importante começar a adoção da IA de forma simples, com um projeto piloto num único departamento onde os casos de uso e os benefícios para o negócio sejam mais evidentes, e só a partir dessa experiência inicial avançar para implementações alargadas a toda a empresam defende a líder mundial em recursos profissionais de TI.

“Dentro desse âmbito, os líderes devem igualmente promover uma cultura de experimentação na qual os trabalhadores se sintam capacitados para criar e testar aplicações de IA específicas para as suas funções”, conclui.

Ao nível da gestão de talento, a maioria dos sistemas tradicionais de gestão do capital humano já incorpora funcionalidades de IA para áreas como a atração de talento, refere a empresa.

Por outro lado é “importante analisar e assegurar uma correta integração das novas tecnologias com o stack de soluções existentes”.

“De contrário, a empresa pode observar efeitos adversos, como uma queda na produtividade, resultante da dificuldade dos colaboradores em identificar que plataforma usar e em que contexto”, acrescenta.

“Por essa razão, os empregadores devem garantir que qualquer introdução de tecnologia baseada em IA se integra com os restantes sistemas, sem atritos, promovendo uma experiência do colaborador mais fácil e produtiva”, refere a Experis,

Redesenhar as funções com base no talento humano interno

A Experis defende que o redesenho das funções permitirá à organização reorganizar ou substituir tarefas para melhor alinhar o trabalho com os novos processos e capacidades que a tecnologia oferece.

Mas “é fundamental orientar os esforços de redesenho de funções de acordo com os objetivos de negócio. Para isso, a empresa deve começar por estabelecer uma visão da dimensão e composição atuais da sua força de trabalho, identificar onde existem desvios de competências e quais as competências essenciais que devem ser contratadas ou desenvolvidas, imediatamente ou no futuro próximo”.

“A empresa pode igualmente apostar no desenvolvimento ou aquisição de um marketplace interno de talento, ou uma plataforma digital, que lhe permita mais facilmente identificar e redistribuir os trabalhadores por funções recém-criadas e redesenhadas, alinhadas com as suas competências”, defende a Experis.

 Ampliar as iniciativas de upskilling e reskilling

Segundo a Experis, “as iniciativas de upskilling e reskilling mais eficazes não consistem em programas de formação isolados e desconectados, mas sim na adoção da aprendizagem como algo contínuo e presente no dia-a-dia de cada colaborador”.

As empresas devem, por isso, fornecer oportunidades para que os trabalhadores realizem cursos presenciais e online, adquiram certificações úteis, mas também realizem tarefas baseadas em projetos que lhes permitam a exposição a novos desafios e o desenvolvimento de novas competências, defende a empresa.

Além do conteúdo relacionado com tecnologia, “é importante apostar em competências humanas como a persuasão, o storytelling e o pensamento criativo, para que os profissionais possam aplicar todo o seu potencial ao trabalhar com máquinas inteligentes”.

A Experis defende ainda que é preciso “atuar de forma lícita e ética na obtenção e gestão de dados de IA”.

À medida que a IA se torna mais integrada nas empresas, as considerações éticas ao nível da transparência e compreensão das decisões e da proteção dos dados serão cada vez mais importantes, podendo impactar o desempenho das funções. Ao mesmo tempo, muitos países estão já a desenvolver ou a implementar regulamentação sobre a utilização da IA, no sentido de assegurar mais segurança e um uso ético.

Por isso,  a Experis defende que o estabelecimento de diretrizes e políticas pode ajudar as empresas a alinhar as suas práticas de IA com princípios e valores éticos, mitigando potenciais riscos.

“Adicionalmente, as empresas podem mesmo criar um comité de IA, composto por líderes de várias funções (incluindo representantes legais, de TI e DEIB) para analisar como será a IA usada dentro da organização e como assegurar a sua conformidade legal e ética”, acrescenta.

Ao implementar estas estratégias, as empresas abrem caminho para métodos inovadores que põem as pessoas no centro da conceção e implementação de sistemas de IA – abordagens que incorporam diretamente as necessidades, aptidões, competências e o bem-estar dos trabalhadores.

“O futuro do trabalho já está aqui. Aquelas empresas que se adaptarem e abraçarem uma IA centrada no talento serão as que irão prosperar na era digital, com mais produtividade, competitividade e satisfação dos colaboradores”, conclui a Experis.

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