Exportações da Metal Portugal atingem o valor de 2.107 milhões de euros

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O Vice-Presidente Executivo da AIMMAP, Rafael Campos Pereira, no comunicado deixa alguns recados ao Governo, por diz que, “as exportações são a única variável que continua a alimentar o crescimento do PIB” e “por isso, é fundamental que o Governo reconheça a importância do Metal Portugal para o país, assim como da indústria transformadora em geral”.

As exportações do Metal Portugal retomam trajetória de forte crescimento. Os valores das exportações para o mês de abril foram recentemente divulgados, atingindo 2.107 milhões de euros, “o que contribuiu para posicionar os resultados entre os 10 melhores no comércio internacional do setor metalúrgico e metalomecânico”, revela a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) em comunicado.

Depois de o mês de março já ter revelado uma ligeira tendência de crescimento em cadeia, em abril essa tendência acentuou-se com um crescimento de 1,9% face ao mês anterior.

“Tratou-se do oitavo melhor mês de sempre, refletindo um crescimento de 11,5% face ao período homólogo, e pondo termo às variações homólogas negativas que vinham a verificar-se os últimos meses”, acrescenta a associação.

O Vice-Presidente Executivo da AIMMAP, Rafael Campos Pereira, sublinhou em comunicado que, “as exportações são a única variável que continua a alimentar o crescimento do PIB. Por isso, é fundamental que o Governo reconheça a importância do Metal Portugal para o país, assim como da indústria transformadora em geral, tanto em termos socioeconómicos, quanto no crescente contributo em inovação, tecnologia e valor acrescentado”.

Rafael Campos Pereira defende que “os responsáveis políticos precisam de conceber uma estratégia sustentável para o futuro de Portugal, e o primeiro passo passa por reconhecer a redução do IRC como fundamental e prioritária”.

“Não faltam estudos nem evidências de que uma diminuição do IRC resulta num aumento do PIB no curto prazo e fortalece a competitividade da economia portuguesa, possibilitando, em simultâneo um aumento dos salários”, defende.

Por fim, lamenta que “a fraca execução do PRR acumule com a má opção política que afetou dois terços do valor previsto no PRR português para o financiamento de despesa pública corrente e com a realização de investimentos públicos adiados, negligenciando assim a economia privada e seguindo um caminho diametralmente oposto ao observado na maioria dos outros estados-membros”.

“É, portanto, imperativo que o Governo atual tenha consciência do que se passa, reconheça que os números apresentados pelo Governo anterior não são precisos, compreenda que as estruturas continuam a não dar resposta às dúvidas das empresas preocupações das empresas, devido ao excesso de burocracia e falta de coragem”, defende o Vice-Presidente Executivo da AIMMA que considera que “é fundamental que perceba que, se nada for feito, os números finais da execução do PRR serão catastróficos”.

No entanto que o valor total das exportações de janeiro a abril de 2024 diminuiu cerca de 2,6% em comparação com o mesmo período de 2023.  A  AIMMAP lembra que “é importante recordar que nos quatro primeiros meses de 2023 foram registados alguns dos melhores números de sempre nas exportações do Metal Portugal”. Naquela altura, 2023 apresentava um crescimento de 15,5% em relação a 2022, refletindo uma performance extraordinária devido ao período de recuperação económica face às adversidades acumuladas desde 2019.

Ainda assim, diz a AIMMAP, “o registo alcançado em abril de 2024 é notável, confirmando e consolidando a trajetória de crescimento e dinamismo do setor metalúrgico e metalomecânico”. Isto, acrescenta, num ano em que o setor continua a enfrentar “um contexto particularmente desafiador, marcado pela incerteza quanto à evolução da conjuntura política e económica mundial, especialmente devido à situação de guerra na Ucrânia e na Faixa de Gaza”.

A AIMMAP justifica a queda anual das exportações de metalurgia e metalomecânica nos primeiros quatro meses com a recente “crise política interna”, e diz e que “a nível europeu, o mercado que absorveu 77% das exportações do Metal Portugal em abril, os primeiros cinco meses do ano foram agitados pela campanha para as eleições europeias, realizadas no início deste mês”.

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